Por conta da atual crise do novo coronavírus, o setor de logística aérea precisa rever algumas projeções e expectativas para o futuro no período pós-pandemia. Afinal, de acordo com um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a movimentação de carga aérea sofreu uma redução de quase 50% no país, em relação ao mês de abril do ano passado.
Para retratar um pouco melhor esses impactos e mensurar quais são os principais obstáculos da logística aérea em tempos de crise, contamos com a contribuição de um especialista no assunto: Igor Leoni, diretor da Steel Cargo. Quer entender mais sobre o tema e ver o que se pode esperar daqui para frente? Então, vamos direto ao assunto!
Afinal, como a logística aérea foi afetada pela crise?
Talvez seja cedo para prever quais são os reais impactos da atual pandemia no setor de logística, tendo em vista que ainda são muitas as incertezas. Segundo os dados da CNI, até o mês de abril de 2020 o acumulado do ano para o transporte de carga aérea somou 353 mil toneladas, o que representa uma queda de 17% em comparação com o mesmo período de 2019.
Para Leoni, parte disso tem ligação direta com as políticas que foram aplicadas no mundo inteiro: “A logística aérea foi muito afetada por conta da pandemia, pois tivemos muitas barreiras impostas pelos países, inclusive a restrição de voos comerciais. Voos esses que são os grandes responsáveis pelo transporte de cargas no modal aéreo”.
Leia mais: Logística aérea: desafios e esperanças no pós-pandemia
Quais são as vantagens e os obstáculos de atuar com carga aérea hoje?
Apesar de todos os impactos da pandemia, o setor de carga aérea mostra toda a sua versatilidade e praticidade, inclusive na linha de frente do combate à crise, uma vez que equipes, medicamentos e equipamentos são transportados diariamente pelo modal ao redor do mundo e, indiscutivelmente, esse é o meio mais rápido para isso.
Mas tais vantagens não se limitam ao momento de crise. Para Leoni, “sem dúvidas, os dois grandes diferenciais da logística aérea sempre foram a velocidade e a segurança das operações”. Por outro lado, o especialista cita os obstáculos da carga aérea hoje: “o peso e as dimensões são os principais desafios, pois estamos restritos aos tamanhos das aeronaves”.
Tais problemas foram ainda mais acentuados com o agravamento da crise global e a redução significativa dos voos comerciais nos últimos meses. Porém, algumas alternativas podem ajudar a reverter o cenário, como veremos no próximo tópico.
Quais medidas podem ser tomadas e o que se pode esperar para a retomada do setor?
De acordo com as previsões da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), o setor de carga aérea ainda deve enfrentar algumas turbulências antes de uma possível retomada, especialmente por conta do medo de uma segunda onda de Covid-19 no hemisfério norte e também pela incerteza de datas ou cenários no futuro próximo.
Portanto, a solução para as empresas é estudar e encontrar alternativas viáveis para “driblar” as dificuldades e os obstáculos do transporte de carga área.
Para o diretor da Steel Cargo, uma das saídas encontradas para manter as atividades em andamento foi direcionar os embarques dos aviões comerciais para os cargueiros. Segundo Leoni, essa deve ser uma das principais tendências para o setor, tanto durante a pandemia quanto no futuro. Mais empresas deverão optar por essa estratégia enquanto houver incertezas sobre a normalização da logística aérea global.
Em resumo, essas podem ser considerados as principais questões da carga aérea no atual cenário de crise no Brasil e no mundo. Apesar das incertezas e dos desafios sobre um prazo de retomada, a logística sobre asas ainda se mostra essencial para diversos setores da economia.
Como vimos, as estratégias e alternativas de algumas empresas comprovam toda a flexibilidade e eficiência de um modal ainda muito promissor para o país.
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