Oriundo da palavra em inglês “comply”, que significa, em tradução literal, cumprir, o termo compliance se refere ao seguimento de eventuais regras e normas de uma área específica.

Atualmente é comum que empresas tenham profissionais e até departamentos de compliance, que são responsáveis por garantir que a companhia esteja seguindo a legislação e demais diretrizes de sua área.

Mas você sabia que a prática de compliance também está presente no segmento logístico? 

Para entender mais sobre como seguir o compliance na logística de forma adequada, conversamos com Antonio Wrobleski, presidente do Conselho de Administração da Pathfind, empresa especializada em otimização de rotas.

Continue lendo e tire suas dúvidas sobre o assunto!

Como funciona o compliance na logística?

Como vimos no início deste texto, compliance se refere ao cumprimento de guias que garantem que uma determinada ação ou trabalho estejam sendo feitos de maneira correta e dentro da lei. Com as demandas atuais, existem outros pontos que são levados em conta neste sentido, como explica Wrobleski.

“Quando você estabelece normas de compliance, normas para a entrega, para carregamento, para acompanhamento do ISD, ou seja, se ela está alinhada com aquilo que nós temos que contribuir com a melhoria do meio ambiente”, observa ele.

Quais são os objetivos do compliance na logística?

Certo, você já entendeu o que é compliance e sua importância para a logística. Mas, afinal, que metas essa metodologia se propõe a alcançar dentro do setor? 

“Em logística, mais do que nunca, você adapta e tem as regras de compliance adaptadas a sua realidade de empresa e muito acompanhada com a realidade que seu cliente exige. É muito comum estabelecermos regras de compliance baseadas em experiência do cliente”, explica o representante da Pathfind, que prossegue com um exemplo prático.

“Quando você sai para fazer entrega, é necessário melhorar a ocupação do seu veículo, portanto você vai economizar em carbono na atmosfera; melhorar o prazo, portanto você vai contribuir com o trânsito; melhorar a qualidade dos seus funcionários para que eles façam o menor esforço e que tenha menos riscos à saúde. Tudo isso pode compor uma regra de compliance“, diz ele.

Por que manter o compliance nas operações logísticas? 

Como vimos, o compliance pode envolver uma série de aspectos que nem sempre serão fáceis de serem implementados e seguidos. Porém, existem benefícios que serão gerados a partir dessa atitude, e eles podem e devem fazer parte da cultura da empresa.

“No fim do dia, todas as empresas, independente do tamanho, elas tem as suas regras, de menos complexas a totalmente complexas, mas todas elas são aderentes ao seus negócios e podem sim trazer benefícios tanto para o que está entregando o serviço quanto para quem está recebendo o serviço”, analisa Wrobleski.

Ele complementa: “Isso vale para qualquer tamanho de empresa, para qualquer segmento, seja comércio, indústria, e-commerce. O que se tem que fazer é analisar, verificar, implementar, testar e estar sujeito às adequações do tempo e do negócio. “

Como evitar custos adicionais com o compliance?

Sempre que nos deparamos com um novo conceito ou algo que possa agregar valores a nosso trabalho nos sentimentos empolgados, porém, também vem a velha questão de quanto aquilo vai custar.

Como quase toda melhoria, o compliance na logística gera custos, mas é possível minimizá-los, permitindo com que a implementação desta área em sua empresa seja menos custosa e mais vantajosa em termos práticos e financeiros.

Para isso, é preciso ter um plano bem estruturado e definido de acordo com seus objetivos e necessidades. E, é claro, é preciso aplicar os conceitos de compliance em diversos níveis de atuação logística, como relembra Wrobleski.

“Independente de tudo o que podemos chamar de compliance, existem também os compliances externos, como os políticos. Você não pode facilitar a passagem do seu caminhão ou do seu equipamento por um sistema de alfândega ou de receita federal provocando qualquer benefício ao auditor ou a pessoa que trabalhe fora do normal”, analisa o conselheiro da Pathfind.

“Ou seja, você cria a regra de compliance para que você possa operar sem ter que se sujeitar a qualquer coisa anormal”, conclui.

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