Um dos maiores desafios para as empresas contemporâneas é desenvolver as suas operações de forma sustentável. Os veículos elétricos podem ser grandes aliados para isso, tendo em vista que atuam na descarbonização da distribuição.

Guilherme Juliani, CEO do Grupo Move3, holding  que conta com empresas que são referência em logística, como Flash Courier, Moove+ e Moove+ Portugal, conversou conosco sobre esse assunto. Acompanhe!

Os benefícios dos carros elétricos na descarbonização da distribuição

A mobilidade elétrica é um dos principais caminhos para a descarbonização, tendo em vista que ela ocorre por meio da energia limpa, um dos principais pilares para um mundo mais sustentável.

Para Juliani, quando falamos em benefícios dos carros elétricos na descarbonização da distribuição, é necessário avaliar os veículos em dois momentos. 

Em suas palavras: “Quando o carro elétrico está na rua, tem a vantagem de ser sustentável, já que não possui escapamento e, consequentemente, não despeja gases poluentes no meio ambiente. Em sua produção, porém, ele emite sim dióxido de carbono, entretanto, essa liberação de CO2 pode ser compensada com sobras no decorrer de toda sua vida útil sem poluir o ar”.

O CEO do Grupo Move3 complementa: “No Brasil, grande parte da energia vem de fontes renováveis. Somos referência quando tratamos de energias limpas e estamos bem melhor que a média mundial. Portanto, podemos dizer que o carro elétrico polui bem menos e, caso tenha um investimento válido, pode ser o futuro da mobilidade”.

A situação dos veículos elétricos na logística brasileira

Na visão de Juliani, é notório que as empresas brasileiras estão investindo mais em veículos elétricos para as suas operações logísticas.

Ele comentou que, em um relatório apresentado pelas Nações Unidas, na conferência de Mudança Climática de 2020, foi apontado que o setor de transporte contribui para 14% das emissões anuais de gases de efeito estufa, sendo também um dos maiores responsáveis pela irradiação do CO2  provenientes da queima de combustíveis fósseis. 

Entre os anos de 2000 e 2016, as emissões de carbono causadas por veículos aumentaram cerca de 30%.

“É exatamente por conta desses dados que as grandes empresas de logística estão procurando estruturar um pilar mais sustentável dentro de suas companhias”, aponta.

Ele continua: “Além de ser uma forma mais limpa de locomoção, existe um ramo no mercado de clientes que procuram veículos mais ‘verdes’ e, com o passar dos anos, esses clientes vêm crescendo cada dia mais e priorizam empresas de logística que seguem essa mesma proposta.”

Desafios da adoção de veículos elétricos pelas empresas

Juliani afirma que, no Brasil, o mercado de veículos elétricos ainda é muito recente e, por conta disso, são muitos os desafios a serem enfrentados.

“Um dos maiores desafios a ser enfrentado é conhecido como ‘ansiedade de alcance’, que é a preocupação dos donos desses veículos com a disponibilidade de estações de carregamento”, analisa ele.

O executivo prossegue: “Além disso, essas mesmas estações precisam ser compatíveis com os modelos, isso porque o mercado de veículos elétricos é bem variado e muitos deles não utilizam as mesmas estruturas de recarga.”

Outros desafios citados por Juliani são: o custo de aquisição dos veículos elétricos, o preço das baterias e o tempo de recarga. Para ele, esses são pontos que devem ser aperfeiçoados com o tempo.

Não há dúvida de que os veículos elétricos contribuem muito para a descarbonização na distribuição. Porém, as empresas precisam buscar meios para superar os desafios que ainda existem para usar essa tecnologia.

Esse e outros temas serão discutidos na Conferência Nacional de Logística – CNL, realizada pela ABRALOG, durante a Intermodal South America 2022. Garanta sua participação aqui!

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