Desde o surgimento da pandemia da Covid-19 e a repentina necessidade de muitos trabalhadores atuarem remotamente, o tema da digitalização passou a ganhar cada vez mais força em praticamente todas as áreas profissionais.
Apesar de a cadeia de suprimentos depender essencialmente de ações e entregas presenciais, etapas como controle de estoque e despacho, rastreamento e feedback pós-entrega podem ser realizados virtualmente, trazendo vários benefícios ao setor.
Tais aspectos geraram uma corrida no segmento logístico, e quem já estava se digitalizando antes da pandemia saiu na frente. Porém, ainda há tempo de aproveitar as vantagens da digitalização, contribuindo com uma logística cada vez mais conectada e eficiente em vários aspectos.
Para saber mais sobre o tema, falamos com Gustavo Romito, CTO da Daki, startup de delivery considerada um dos novos unicórnios brasileiros.
Vamos saber mais? Confira abaixo!
O que é a digitalização da cadeia de suprimentos?
Estar conectado e oferecer diferentes opções de atendimento e acompanhamento online é hoje mais do que um diferencial, mas uma necessidade da logística moderna.
Por isso, digitalizar as operações é vital para que a cadeia de suprimentos tenha melhor controle em etapas, do controle de estoque ao rastreamento, até a solução de eventuais problemas pós-entrega, como devoluções e atendimento ao cliente.
“A digitalização da cadeia de suprimentos nada mais é que interligar processos para obter a integração de informações e a maior agilidade”, explica Romito.
Segundo o profissional, ao aproveitar-se das novas tecnologias, as empresas de logística podem conquistar mais clientes, além de oferecer serviços mais completos e eficientes para aqueles que já constam em sua carteira de parceiros.
“Por meio de automação é possível criar um fluxo de suprimentos mais visível em cada ponto de contato da cadeia de valor, capaz de se adaptar prontamente a uma série de variáveis desconhecidas de todo o setor, como escassez ou excesso de estoque, modificações nos pedidos e disponibilidade de recursos”, analisa ele.
Por ela também é possível otimizar o abastecimento de produtos que eventualmente se esgotem, além de permitir que outros elos da cadeia não sejam prejudicados, causando um efeito dominó que traria grandes problemas no processo de provisão e entrega de suprimentos diversos, dos farmacêuticos aos alimentares, entre outros.
Por que digitalizar a cadeia de suprimentos? Quais as vantagens desta medida?
Como pudemos observar com as recentes mudanças globais, estar digitalizado hoje pode fazer a diferença entre sobreviver ou se estagnar – e até se extinguir – no mercado. Por isso, não faltam motivos para digitalizar a cadeia de suprimentos.
Entre eles podemos elencar a necessidade de acompanhar e realizar ações do setor cada vez mais efetivas no ambiente digital, além da possibilidade de corrigir eventuais falhas nos processos com um tempo de resposta muito mais veloz e assertivo que de formas analógicas.
Também podemos destacar as diversas novas tecnologias e suas aplicações que trazem grandes vantagens para a logística, entre elas a aplicação de inovações como Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT) e Machine Learning.
“Automatizar esses processos pode trazer uma série de benefícios para as empresas, desde custos operacionais e de produção mais baixos até prazos de entrega acelerados e recursos aprimorados de relatórios e análise de dados”, analisa o CTO da Daki.
Entre outras vantagens, além dos aspectos que já citamos, Romito sumariza mais alguns, em uma explicação que deixa evidente que o caminho irreversível é a digitalização para a cadeia de suprimentos:
“Uma das grandes vantagens da digitalização é o acesso a dados que antes eram invisíveis na cadeia. Com esses dados é possível tomar decisões que sejam mais assertivas e precisas no direcionamento de recursos e suprimentos para abastecer toda a cadeia. De forma geral, a palavra chave aqui é acesso a dados + tomada de decisão”, explica o especialista.
Por onde começar a digitalização da cadeia de suprimentos?
Para quem está em dúvida de onde começar, uma dica básica é estudar o mercado, aproveitando-se de informações hoje facilmente encontradas online, assim como participando de cursos e eventos voltados ao setor, como os da Intermodal.
Para Romito, este aspecto envolve também ter uma análise cuidadosa de quais são os processos da cadeia de suprimentos e demais processos que precisam ser melhorados, o que facilitará na hora de decidir por onde começar a digitalização.
“Um dos grandes papéis da tecnologia nas empresas é garantir processos eficientes e escaláveis. Por isso, um dos primeiros passos é entender/mapear todos os processos que acontecem na cadeia de suprimentos de ponta-a-ponta”, explica ele.
Romito conclui: “Feito isso, é necessário entender como será feita a instrumentalização desses processos a ponto de ser possível coletar sinais (dados) ao longo de todas as etapas da cadeia.”
Ter uma cadeia de suprimentos interligada, conectada e otimizada é o que fará a diferença daqui para a frente, e acompanhar esses papos pode ser o diferencial para o sucesso.
Para saber mais, que tal conferir nosso conteúdo sobre Intralogística 4.0: Novas tecnologias para o setor? Boa leitura!