Segundo informações do Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLP), a demanda para os portos brasileiros deve crescer em até 92% até 2042.
Para que esse crescimento aconteça de modo saudável, no entanto, é preciso que a nossa infraestrutura portuária seja melhorada. Entre outras coisas, é recomendável a integração com as ferrovias.
O presidente da Frente Nacional pela Retomada das Ferrovias (Ferrofrente), José Manoel Ferreira Gonçalves, conversou com a Intermodal Digital sobre esse tema. Continue a leitura e confira!
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Os desafios do comércio exterior nos portos brasileiros
No entendimento de Gonçalves, atualmente, o principal desafio dos portos brasileiros para melhorar as atividades de comércio exterior está na privatização da autoridade portuária.
“O comércio exterior tem a ver com o desenvolvimento dos portos e com o crescimento do Porto de Santos, mas não de uma forma leviana, privatizando a autoridade. Quem manda é o Estado! Ele sim, tem que ter capacidade também de gerir investimentos e atrair empresários, não para que façam o que querem”, opina.
A importância da integração do modal ferroviário com os portos brasileiros
Gonçalves acredita que a integração do modal ferroviário com os portos brasileiros é de fundamental importância para que o Brasil se desenvolva como uma nação exportadora de soja, milho, açúcar e minério de ferro.
Porém, mais do que isso, ele pensa que a integração entre os modais também contribuirá para abastecer os nossos mercados internos.
“O modal ferroviário é importante para reduzir custos, para facilitar o transporte dos commodities e aumentar a competitividade do mercado externo. Tudo é importante, mas não suficiente para que a gente tenha um projeto de nação soberana, independente e firme”, diz o presidente da Ferrofrente.
Concessões ferroviárias e investimentos em infraestrutura no Brasil
Questionado sobre como se encontra a questão das concessões ferroviárias e do investimento em infraestrutura para os portos no Brasil, Gonçalves demonstrou preocupação. Ele explica:
“Dos R$ 18,5 bilhões em investimentos obrigatórios que estão prevendo, mais ou menos R$ 14 bilhões serão aplicados em manutenções ao longo de 35 anos de concessão. Além disso, cerca de R$ 3 bilhões estão reservados para construção do canal ligando Santos a Guarujá; a ligação seca, o que há muito tempo a região reclama e precisa”.
O especialista complementa: “Os R$ 1,5 bilhão restantes devem ser injetados em obras como acessos rodoviários e aprofundamento do canal .Esse aprofundamento é importante, uma vez que hoje, temos uma estrutura que funciona com 15 metros, temos que passar para 16 e depois para 17 metros.”
“Santos tem autorização para receber embarcações com até 366 metros de comprimento e nos grandes portos do mundo já estão ancorando navios de até 400 metros”, finaliza o presidente da Ferrofrente.
Resumidamente, no entender de Gonçalves, é importante que o Brasil invista na integração entre ferrovias e portos para melhorar o abastecimento interno e as exportações.
Além disso, ele pensa que esse trabalho deve ser feito em conjunto entre a iniciativa privada e o Estado, com os governantes supervisionando as empresas concessionárias.
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