Uma das principais redes de materiais de construção, decoração e jardinagem do mundo, a Leroy Merlin precisa constantemente buscar novas soluções para melhorar o serviço ao cliente e a competitividade no mercado, ao mesmo tempo em que reduz custos logísticos e impactos ambientais. Foi por esse motivo que a empresa fez recentemente uma reestruturação completa de seus fluxos logísticos e centros de distribuição, e esse case foi apresentado na 28ª edição da Intermodal South America.
A diretora de Projetos Supply Chain da Leroy Merlin, Patrícia Bello, que palestrou no 2º Interlog Summit, definiu a complexa operação da rede como “do parafuso à caixa d’água”, e explicou como atingir as metas prioritárias e ESG com toda essa variedade de produtos e processos.
A solução sustentável
“Para nós, a solução foi criar novas plataformas regionais, instalações menores e específicas para atender demandas de uma localidade. E o primeiro benefício disso foi aumentar a resiliência da malha, reduzindo a dependência de uma única instalação. O nosso CD em Cajamar era responsável por 85% do volume estocado da rede, e agora passou para 71%, o que significa que qualquer problema nas rodovias não travam mais a cadeia de abastecimento. Ainda tivemos a oportunidade de conectar as extremidades sul e norte do país via transporte hidroviário, tirando 144 caminhões de circulação todos os meses e representando uma redução de 53% das emissões de CO² equivalente”.
Segundo Patrícia Bello, para empresas que têm um mix de produtos tão diverso, com tipologia diferente e configurações de preço e indústria diferentes, a solução passa por “clusterizar” em matriz de peso e valor. Dessa forma, quanto maior for o peso, deve-se minimizar quantidade transportada porque o custo e avaria são significativos. Quanto mais caro for o produto, menor deverá ser o estoque nas lojas, para não empatar capital.
Leroy Merlin mostra como reduzir custos e aumentar competitividade
O case “Leroy Merlin: Network Design, otimização de fluxos logísticos para aumentar a eficiência de operações omnicanais” foi realizado em parceria com a INPO – Inteligência de Negócios e Pesquisa Operacional, empresa brasileira que fornece serviços e soluções de software para gerar melhores decisões na área de logística.
A diretora Patrícia Bello, explicou como reduzir custos, impactos ambientais, aumentar a competitividade e expandir uma empresa ao mesmo tempo. Para ela, tudo isso depende de um plano estratégico para otimizar a movimentação e o gerenciamento de produtos, materiais e informações ao longo da cadeia, o que também acaba gerando oportunidades tributárias diferenciadas.
“O objetivo deve sempre ser o de buscar otimizações na cadeia, seja que tragam resiliência na operação, seja de custo, seja na qualidade do serviço pros clientes ou na pegada de carbono, porque o ESG é extremamente relevante para Leroy. Diferentemente do que se faz em projetos tradicionais, a metodologia aqui foi de primeiro analisar dados. Passamos dois meses direto na operação, visitando lojas e conversando com atores da cadeia para entender suas dores. O modelo matemático foi a última fase, e aí já tínhamos formuladas as hipóteses para que o modelo testasse, com cenários específicos. A ideia era responder: qual deve ser o fluxo ideal para conectar fornecedores às lojas? E depois que o produto estiver na loja, qual é o melhor modelo de distribuição?”, questionou Patrícia Bello.
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