É bem provável que você já tenha ouvido falar em startups, que são empresas com modelos de negócios repetíveis e escaláveis, geralmente envolvendo a tecnologia e os meios digitais. 

Mas e logtechs, você já ouviu falar? Elas nada mais são do que startups do mercado de logística. Entender sobre essa novidade é bem importante para quem atua nesse segmento.

Sheila Cristina Dinelli Ferreira, professora do curso de graduação de Tecnologia em Logística do Senac EAD, conversou conosco sobre as logtechs brasileiras e o cenário para empresas desse ramo. 

Saiba mais sobre o tema abaixo!

Logtech:  entenda esse conceito

Como comentamos, as logtechs são startups do segmento logístico. Ferreira as define como:  “empresas do setor de logística que buscam resultados emergentes por meio de tecnologias como machine learning, tecnologia onde computadores aprendem por meio de respostas esperadas e associadas”.

A professora também destaca que as logtechs objetivam resolver problemas de entrega e acompanhamento em todas as etapas dos processos logísticos de uma empresa.

O papel das logtechs

Para Ferreira, o papel das logtechs é otimizar processos e custos, possibilitando o transporte de carga maior com qualidade, rastreabilidade, segurança e agilidade.

Em tempos atuais, em que os ecommerces se tornaram um dos principais meios de compra de parte da população, esse tipo de empresa tem um papel de ainda mais destaque.

Afinal, com a pandemia da Covid-19, as pessoas adquiriram o hábito de comprar online e as operações logísticas para entrega de produtos cresceram muito por conta disso.

As vantagens das logtechs

Questionada sobre as vantagens das logtechs, a professora Sheila Ferreira afirma:

“A tecnologia inteligente proporciona melhor gestão com informações integradas e ágeis, otimiza processos de expedição, digitalização, emissão e disponibilização de documentos”.

Ela ainda destaca que: “Além disso, seleciona a melhor opção de transportadoras para contratação de frete, monitoramento da carga em tempo real pela empresa e pelo cliente, otimizando as melhores rotas na composição da carga, escolha do veículo e uso da IoT na proteção de carga, entre outras soluções”.

Os desafios enfrentados pelas logtechs

Entre os principais desafios enfrentados pelas logtechs, na visão da professora, está a implementação da gestão de inovação pelas empresas do segmento, tendo em vista que muitas delas são familiares e preferem seguir com as operações de forma tradicional.

Sheila também aponta a falta de preparo e conhecimento em tecnologia nos setores logísticos das companhias: 

“Grande parte dos profissionais da área tem maior experiência prática operacional com deficiência no ambiente estratégico, dimensão do país e malha de tributos”, diz.

Apesar disso, o cenário de logtechs não para de crescer. Ferreira cita como exemplo uma pesquisa feita pelas empresas KPM, Volvo e VLi. 

Segundo esse estudo, as logtechs atraíram US$ 187,6 milhões em aportes no ano de 2020, sendo as 10 primeiras colocadas iFood, Loggi, CargoX, Modern Logistics, FreteBras, DeliveryCenter, Cobli, Mandaê, OpenTec e Sontra Cargo.

As logtechs vieram para ficar e pretendem inserir ainda mais a tecnologia na logística. Isso deve se tornar ainda mais forte com a chegada da internet 5G.

Saiba mais sobre o assunto em nosso white paper sobre como a tecnologia 5G pode ser aplicada na logística. Boa leitura!