Você sabia que os leiteiros que faziam entregas no início do século XX tem muito a nos ensinar sobre logística? Isso mesmo! Foi essa categoria que criou o método milk run, que até hoje é usado pelas empresas do setor.

Em tradução literal para o nosso idioma, milk run significa “corrida do leite”. A metodologia é bem interessante e pode ser usada por empresas de diversos setores.

Fabio Eduardo Scocca, que é professor universitário e especialista em logística na empresa Jatinox, compartilhou conosco algumas informações relevantes sobre o método criado pelos leiteiros americanos. Confira, na sequência!

Afinal, o que é milk run?

Scocca explica que o milk run é um método criado para que as entregas e as coletas sejam realizadas sem que as rotas se cruzem. Dessa forma, o mesmo motorista faz todo o processo, terminando sua jornada de trabalho em sua base.

“A prática foi aperfeiçoada do método desenvolvido pelos antigos produtores e entregadores de leite, que se deslocavam até uma fazenda para entregar o produto vendido e retornavam carregados com leite de outro produtor, para entregar na região próxima de seu ponto de partida, aproveitando e rentabilizando o seu tempo de viagem”, conta o especialista.

Ou seja, o milk run consiste em um sistema roteirizado em que se deixa a mercadoria em um ponto e, ao mesmo tempo, coleta-se outra. O mesmo motorista faz todas as etapas do processo.

De acordo com Scocca, a metodologia forma um ciclo, evitando o uso excessivo da frota e, consequentemente, a redução dos custos operacionais.

Quais são as principais vantagens do milk run?

Questionado sobre as principais vantagens do milk run, Scocca elencou os seguintes pontos:

  • agilidade no processo de carregamento e descarregamento da mercadoria;
  • conquista do Just in Time, ou seja, a mercadoria entregue na hora;
  • facilidade na roteirização e cumprimento do horário com o cliente;
  • padronização de embalagens;
  • redução do custo do frete;
  • baixo índice de avarias; e
  • diminuição do estoque.

E as desvantagens?

Já sobre as desvantagens, Scocca acredita que o milk run ocasiona os seguintes pontos negativos:

  • clientes que compram mercadorias em quantidades diferentes a cada pedido;
  • coletas de materiais diferentes a cada dia;
  • itinerários diferentes a cada dia; e
  • coletas em diferentes pontos.

Quando usar o milk run na operação logística?

Perguntamos a Soccca em que situações se recomenda a prática do milk run nas operações logísticas. O especialista explicou que um dos pontos que justifica a prática é quando a empresa trabalha com um produto específico.

Em suas palavras: “O milk run é recomendado quando se trabalha com um produto específico e com uma carteira de clientes que possuem uma rotina de compras, sendo assim, é possível programar horários para entrega e coleta”.

O professor de logística também comenta que: “Diferente do que acontece no Cross Docking, onde existe o cruzamento de docas, que podem se dividir em duas partes (antes e depois do centro de distribuição), nessa modalidade não existe estoque e o tempo máximo de permanência da mercadoria não ultrapassa 24 horas”. 

O milk run é uma técnica bastante antiga, mas que ainda segue em alta e pode trazer excelentes resultados para as operações logísticas de algumas empresas.

Continue se informando com a gente! Leia agora o nosso artigo que fala sobre a importância da segurança digital na logística moderna.

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