Você conhece a diferença entre gerenciamento de risco e monitoramento e rastreamento de cargas? E sabe como essa tecnologia e serviços estão colaborando com a logística?

Para responder a essas perguntas e muitas outras, o Minutos Corporativos recebe Cileneu Nunes. Ele é presidente da GRISTEC (Associação Brasileira de Gerenciamento de Risco e de Tecnologia de Rastreamento e Monitoramento), entidade que agrega as principais empresas deste setor.

Cilineu também vai nos contar sobre uma iniciativa super bacana que vai beneficiar toda a cadeia.

Intermodal: Quais são as diferenças entre gerenciamento de risco e monitoramento e rastreamento de cargas? É recorrente que as pessoas entendam esse segmento como um só?

Cileneu Nunes: “Sim e não. Depende muito de como você quer classificar. Do ponto de vista técnico são atividades bastante diferentes. O rastreamento de veículos ou de cargas está dentro do pilar chamado telemática, que é você ter controles à distância através de sistemas por ondas eletromagnéticas, telefonia, satélite e etc.

Já o gerenciamento de risco está dentro de outro pilar que podemos chamar de tecnologia de regulação, mais ligadas ao seguro e ao cuidado com o processo todo do transporte de cargas. 

Então os negócios são diferentes, mas elas são absolutamente interligados porque para o gerenciador de risco poder prestar o trabalho dele ele precisa das ferramentas de tecnologia e telemática para poder controlar a localização e a situação do veículo o tempo todo, e informações também sobre a carga, o motorista e etc, então elas se complementam neste aspecto.

Do ponto de vista do cliente, ele precisa das duas juntas e funcionando muito bem, que é o que interessa. Como você atende o cliente, seja ele embarcador, transportador ou usuário final da carga.

Intermodal: Você pode nos contar um pouco da história da GRISTEC?

Cileneu Nunes: “Os dois segmentos começaram no Brasil há 25 ou 30 anos aproximadamente. O cuidado do gerenciamento do risco para evitar o roubo de cargas começou há 30 anos com a tecnologia disponível, que era basicamente através de telefones. Lembra do tempo do orelhão, em que ligavam a cobrar? 

Então o motorista parava na estrada e ligava a cobrar para uma central, e então sabíamos onde estava o veículo. Não havia outra forma de se falar. E naturalmente era bastante limitado o tipo de informação que você conseguia obter e a reação que você poderia ter.

O processo foi evoluindo com a chegada dos primeiros rastreadores que operavam por satélites, e é importante saber que existem dois tipos de satélites. Tem o sistema de satélite gratuito que é o GPS, e que hoje todo mundo está familiarizado, pois usamos em nosso smartphones, que é o sistema de localização global. 

Mas isso era muito novo na época, então usávamos o GPS para saber a latitude e longitude do veículo, e precisávamos de outro sistema, pois o GPS é unidirecional, pois ele só vem do espaço para a terra, só informando a localização. E o outro sistema transmitia a localização, e os primeiros no Brasil usavam satélites geo estacionários, como o Autotrack, que foi uma das pioneiras, e a Control Sat. 

Então era usado o satélite para devolver a respostas e se comunicar com uma central de monitoramento, e os primeiros gerenciadores de risco usavam essa tecnologia para saber o que estava acontecendo no veículo e poder trocar alguma mensagem com o motorista. Era um sistema bastante simples, porque originalmente eles não eram voltados para a segurança. Eles haviam sido trazidos do exterior, onde eram usados mais para controlar a situação, o processo da viagem. 

Aqui tivemos que acrescentar a questão da segurança, pois o Brasil tinha um problema muito sério de roubos de carga. E as gerenciadoras de risco já tinham no sistema a pesquisa de cadastro do motorista, para saber se ele tinha ou não antecedentes, e em paralelo começaram a usar o sistema de rastreamento para saber o que estava ocorrendo com os veículos.

Eu diria que começou assim a parte dessas duas tecnologias. Para funções de segurança isso acabou sendo uma espécie de jabuticaba no Brasil, pois quando você viajava no exterior eles não tinham esse problema, pois eles usavam os sistemas apenas para localização. 

Aqui nós precisávamos de sensores nas portas, travas nas portas e nas carretas, uma série de funções de segurança porque o problema aqui era muito maior. E isso foi algo que gerou oportunidade para diversas empresas desenvolverem sistemas muito avançados, e nós temos hoje um know how muito avançado tanto no gerenciamento de riscos quanto nas tecnologias de telemática para evitar o roubo da carga e, mais recentemente, os acidentes.”

Intermodal: Podemos dizer que esse é um segmento que está em constante evolução?

Cileneu Nunes: “Sim, é um segmento que está em constante evolução, e a história dele é a de um segmento que foi se desbravando. A gente fala muito de startups hoje em dia, mas essas empresas foram startups na época, quando não existia essa expressão e nem investidores como se vê hoje, mas foram empresas que desenvolveram soluções disruptivas.

Muita gente que nos assiste lembra quando os guias de trânsito eram mapas em papel. Então você olhava no guia Quatro Rodas por exemplo, e era tudo em papel. E as empresas tiravam imagens desses mapas em papel e as colocavam no software, fazendo um processo de interpolação dos dados para saber mais ou menos onde estava o veículo olhando para o mapa em papel. Não tinha uma precisão de localização.

A UniLink foi a primeira empresa a trabalhar com mapas digitais, em que você tinha as ruas, avenidas e estradas, e você podia ter a latitude e longitude exatamente no ponto onde estava o veículo, então sair do mapa em papel para o mapa digital foi um grande avanço. Sair do sistema, em uma época que não tinha nem telefonia celular, e conseguir monitorar um veículo por satélite foi um grande avanço.

A UniLink lançou o primeiro sistema de rastreamento por celular para proteger as cargas urbanas, porque o sistema via satélite era muito caro para ser operado dentro das cidades. 

E nas cidades, quando chegou a primeira telefonia celular, que era analógica, era um sistema muito rudimentar, ainda era pelas estatais, TELESP e TELERJ celular, e essas empresas operavam por via analógica, tinha problemas de clones, quando você estava andando na marginal mudava a antena e caia a ligação, mas foram os primeiros sistemas e começou a ser desenvolvida toda uma cultura a partir dessa situação. 

E foram surgindo novas tecnologias, veio a privatização, a banda B, a TIM foi pioneira com o que chamamos de 2G hoje, o que ajudou a ter uma propagação enorme, e o tempo todo as empresas foram desenvolvidas novas tecnologias e hoje temos sistemas extremamente avançados de telemática no país. 

E os gerenciadores de risco também avançaram muito, porque essa coisa do cadastro do motorista também precisa de tecnologia para você ter certeza que não está sendo fraudado, pois o bandido que quer roubar uma carga tentava falsificar uma CNH, tomar a identidade de um motorista que não é ele, então as gerenciadoras de risco desenvolveram sistemas de reconhecimento facial, que comparam a imagem da pessoa que está pegando o veículo com a foto que está no arquivo. 

São sistemas muito avançados para tomar conta disso, e para esse sistema avançar na velocidade que precisa também tem muita tecnologia de processos, processos robóticos e automatizados para que isso flua rapidamente.

Uma coisa que surgiu mais recentemente com várias startups são os portais de oferta e demanda de frente. Então você tem uma carga, você faz uma oferta, e aparecem um monte de transportadoras que querem transportar a carga, e para você poder completar a viagem, se tiver por exemplo a necessidade de seguro, você precisa fazer o cadastro do motorista e o checklist do veículo online, e para isso funcionar os sistemas todos precisam ser muito automatizados. 

Isso é um progresso recentemente, e estão acompanhando a velocidade incrível que estamos vendo na logística como um todo, especialmente nesse cenário pós-pandemia em que o comércio eletrônico e a demanda domiciliar cresceu muito.”

Intermodal: Quando a gestão de risco e a tecnologia começaram a olhar para a logística, e como essa parceria se consolidou?

Cileneu Nunes: “A logística não era muito online. De modo geral os embarcadores tinham programas de roteirização todo offline. Eles organizavam o plano da viagem e não a acompanhavam. 

Isso foi durante umas décadas em que os sistemas eram basicamente mais usados para segurança, e apesar de eles mandarem informação de dois em dois minutos, muito rica, com uma série de dados, essas informações não eram trabalhadas, porque o objetivo era só segurança.

Mais recentemente, principalmente depois que começou o comércio eletrônico, pois ele trouxe um perfil diferente de destinatário, que está ansioso e precisa saber se recebeu ou não. Ele compra na internet, quer uma velocidade de entrega, e acho que esse usuário começou a puxar a necessidade de uma logística online. 

Então vimos surgir cada vez mais plataformas online que controlam todo o processo, e hoje você tem uma visibilidade muito grande da chamada última milha, e você roteiriza para otimizar aquele percurso, você controle todo o processo para eventualmente fazer um rearranjo se for necessário, e você tem a prova de entrega.

A prova de entrega também é um progresso muito grande, porque pela lei brasileira o reconhecimento da receita precisa ser feito depois que você prova a entrega, e a prova de entrega também pela lei anterior é o canhoto da nota fiscal assinada. 

Então você imagina que todas as entregas que acontecem no Brasil tem um canhoto sendo assinado e devolvido, e as transportadoras tem salas cheias de arquivos com pedaços de papel para provar que foi feita uma entrega, então era uma burocracia absurda, e agora já está se aceitando o comprovante eletrônico da entrega, que com os smartphones ficou muito mais fácil de fazer. 

Então hoje o entregador faz a entrega e o recebedor pode assinar e comprovar eletronicamente que ele recebeu, o que tira toda uma burocracia e agiliza muito. Você imagina um transportador que faz uma entrega em outro estado, e ele tinha que esperar chegar o canhoto para receber. Isso não faz o menor sentido. 

O comércio eletrônico gerou muito essa coisa da logística online, de otimizar o processo, pois o cliente está mais exigente. E isso é a concorrência salutar, entra uma grande operadora, tipo Amazon, começa a falar em Next Day Delivery, e logo estamos falando em Same Day Delivery, e logo em 2 Hours Delivery, e como isso abre oportunidades para novas startups, e temos várias ocupando esse espaço muito bem.”

Intermodal: Falando da pandemia, as empresas dedicadas ao gerenciamento de risco tiveram um papel estratégico no sentido de dar suporte aos caminhoneiros em trânsito. Pode falar mais um pouco sobre essas iniciativas?

Cileneu Nunes: “Isso foi muito importante. O fato é que todo mundo foi pego de surpresa, nós não temos muito histórico com esse tipo de preparação. Diferente de países que têm mais experiência militar, como Israel por exemplo, com uma cultura diferente. Nós não estávamos esperando e de repente começamos a ter esse problema, e passamos a perceber os problemas reais do transporte de cargas.

E com a pandemia muitos postos fecharam, e os restaurantes dos postos também fecharam, e os motoristas não tinham onde fazer a refeição e às vezes nem onde abastecer. Então surgiu a necessidade de ter uma inteligência por trás disso para ajudar a viagem a ser feita.

Então a mesma preocupação que havia antes com garantir uma viagem segura, evitando roubo de cargas, teve o acréscimo de ter uma viagem viável, que ele pudesse chegar ao destino adequadamente, e isso precisou de uma ação de campo. Várias iniciativas de embarcadores, até startups, foram para as estradas distribuir álcool gel, fazer exames, distribuir quentinhas, e orientar os motoristas sobre os locais adequados onde eles poderiam parar para tomar banho, usar o banheiro, então coisas absolutamente necessárias na estrada.

E foi uma coisa muito de surpresa, e chocante, pois ia parar tudo, mas isso ao mesmo tempo impulsionou uma série de ações que foram suficientemente eficientes para não parar nada. E isso acabou mostrando que o conjunto todo de stakeholders da cadeia de suprimentos funcionou muito bem, e as cargas continuaram fluindo, e não tivemos problemas graves.

Tivemos problemas de importação, porque pararam algumas importação, seja por falta de componentes da China, o problema do navio no canal de Suez, mas não tivemos paradas por problemas de fluxo no Brasil pois tivemos ações de compensação muito rápidas, o que foi muito legal de acompanhar.”

Intermodal: Isso gerou um crescimento do e-commerce também, certo?

Cileneu Nunes: “Alguns levantamentos que foram feitos falam em 50% de aumento no e-commerce, e outros de até 75%. Isso são números do e-commerce de produtos, mas por exemplo, o e-commerce de produtos de mercado aumentou exponencialmente. 

Quase ninguém comprava pelo supermercado online, não era uma prática, as pessoas gostam de ir, olhar, escolher. E com a pandemia as pessoas pararam de fazer isso, e várias iniciativas começaram a fazer supermercado online, isso aumentou muito, e naturalmente também aumentou o número de cargas, e tivemos que tomar novas providências nesse cenário.

Surgiram novas modalidades até de profissões. Falando fora da área de gerenciamento de risco, mas assim como na crise que tivemos há alguns anos surgiram os motoristas de aplicativos, e muita gente que estava desempregada pode ter uma remuneração, agora foram os entregadores e shoppers. 

Hoje temos pessoas que fazem as compras de mercado para você, e esse exército enorme de entregadores, em que você vai em condomínios e tem fila de motos paradas. Antigamente era só pizza que se entregava, e hoje se entrega tudo.”

Intermodal: Como você vê o impacto da chegada do 5G e o impacto na forma da transmissão de dados?

Cileneu Nunes: “O 5G é um fato atual, e daqui a pouco vamos ter o 6G, o 7G e etc. Não estamos fazendo uma mudança da água para o vinho, é apenas a evolução natural. A gente começou quando não tinha nem celular, depois celular analógico, e assim por diante.

A vantagem do 5G é que ele já traz as coisas mais organizadas, como diversos canais e você pode usar o que for adequado para aquela finalidade. Você vai ter condições de usar um meio muito bom para transmitir imagens, um meio para transmitir dados, e para short bursts, que são pequenos pacotes de dados. 

O rastreamento de veículos usa pequenos pacotes de dados, ele não precisa de muita banda, por isso ele funciona muito bem no 2G até hoje, e temos 12 milhões de aparelhos funcionando com 2G no Brasil hoje. Isso não é pouco nem em termos de valor nem em importância. Máquinas de cartão de crédito, sistemas de rastreamento, alarmes e outros equipamentos.

Então o 2G continua vivo, mas naturalmente que haverá uma migração dele para os novos canais que estão surgindo, como o CAT-M1 e o Narrowband. E independente do 5G surgiram mais algumas redes urbanas que são chamadas de LP1, temos duas funcionando nas principais cidades do Brasil, que são formas de comunicação para pequenos pacotes de dados muito baratas e eficientes.

Então nós temos hoje muito mais opções para comunicar hoje do que tínhamos por exemplo há 20 ou 25 anos atrás quando eu comecei. E naturalmente você tem que escolher o sistema de comunicação adequado para o seu negócio, então se você quer rastrear seu veículo e controlar a segurança com relação a roubos e acidentes, você precisa de um tipo de canal de comunicação. 

Se você está monitorando IoT e quer medir temperatura, por exemplo, você pode usar outro canal. Então o legal hoje é você usar a tecnologia mais adequada para o que você precisa, olhando questões técnicas e de preço, cobertura, etc. Então nós temos opções hoje. Eu adoraria estar começando um projeto em um novo sistema de telemática porque temos muito mais opções hoje do que tínhamos no passado.”

Intermodal: Falando das inovações tecnológicas, no que as empresas estão investindo hoje quando se fala em minimizar riscos e aprimorar a eficiência operacional?

Cileneu Nunes: “Eu vejo que a evolução para todas as empresas diante dessa chamada nova economia, que todo mundo está vendo, a transformação digital já chegou e estamos dentro dela, e agora o que está mudando é a economia.

Na nova economia você precisa melhorar processos, existem metodologias modernas para isso. Você precisa aproveitar as novas tecnologias, então temos muitas trocas de tecnologia, com sistemas de inteligência artificial, bancos de dados, processamento na nuvem, que podem substituir sistemas antiquados.

Então você muda os processos pela tecnologia, mas principalmente, na minha opinião é de que é essencial mudar também o mindset das pessoas, a cultura. E essa combinação é o ideal, se você não mexer em uma dessas três pernas, a coisa não vai. Então você precisa de tecnologias, processos e cultura moderna, que precisa de investimentos para isso.

Parece mais natural investir em tecnologia, comprar um banco de dados, investir em uma empresa, mas você não compra cultura, você desenvolve, transforma. E isso é o investimento de mais médio prazo, mas não por isso ele é menos importante, pelo contrário, eu acho que ele é essencial.”

Intermodal: A GRISTEC está preparando um anuário do setor. Você pode nos contar mais sobre essa iniciativa?

Cileneu Nunes: “O maior desafio das associações de classe é colocar vários concorrentes para trabalharem juntos. Quando a gente fundou a GRISTEC, eu estava lá desde o começo, o Cyro Buonavoglia, foi o primeiro presidente, e a gente sentava na mesa e todo mundo olhando de lado, meio desconfiado, achando que roubariam suas informações e clientes.

E eu sempre quis fazer um anuário, queria saber os dados do mercado, pois muitas vezes faltam informações. Nessa nossa área de transporte, temos relatórios que falam sobre os veículos fabricados todo mês, e as informações de licenciamento eram muito ruins, só recentemente a ANTT passou a fornecer estatísticas, e os sindicatos de cargas tinham algumas informações sobre roubos.

Mas o fato é que não conseguimos montar um business plan, e eu sempre fiz esses planos para buscar investimentos, mas não tínhamos informações. Então sentávamos na mesa para ver quanto era nosso mercado, mas ninguém queria falar quanto tinha vendido, quanto estava faturando, então pensamos ‘vamos escrever em um papel anônimo, e ninguém viu o que o outro escreveu, e então somamos’. 

E assim fomos trabalhando juntos, foram aparecendo problemas comuns para as empresas, e fomos aprendendo a trabalhar juntos. E nunca levamos assuntos comerciais, assuntos que separam as empresas, mas sim trabalhamos no que nos une. E nesses anos de GRISTEC achamos vários pontos de comum, e foi aumentando a confiança uns nos outros. Tentamos fazer um relatório mais conceitual em 2014, ficou bom, e agora decidimos fazer um anuário mais completo.

Eu como presidente sou muito acionado por empresas do exterior que querem conhecer o nosso mercado, querem saber se vale a pena investir no Brasil, e não tínhamos o que mostrar. 

Então decidimos fazer o anuário, contratamos uma equipe muito legal, e estamos entrevistando várias pessoas relevantes do mercado, não apenas associadas, mas como empresas laterais, fornecedores, parceiros, transportadores, clientes, seguradoras, para dar uma visão completa de todo o ecossistema de gerenciamento de risco e telemática no Brasil.

Está ficando bem completo, bastante conceitual, ainda não tem todos os números que eu gostaria de ter, mas é um primeiro volume, e ano que vem tenho certeza que haverá mais detalhes. E o processo é esse, vamos ganhando mais confiança e trazendo mais informações e menos barreiras.”

Intermodal: Se você pudesse conversar com alguém no âmbito pessoal ou profissional, com quem seria?

Cileneu Nunes: “No âmbito pessoal, eu gostaria de conversar com meu pai, que faz trinta anos que não converso com ele, seria muito bom. 

No âmbito profissional seria com o Steve Jobs, que é alguém que eu admiro muito, e que revolucionou. Nós estamos falando de um monte de coisas que ele inventou, ele fez o primeiro computador que parou de pé, o primeiro smartphone, enfim, é um dos gênios da humanidade.