A pandemia da Covid-19 impactou de forma significativa o mercado de comércio exterior, de modo que muitos players passaram a repensar a logística internacional.
Dentro desse contexto, o nearshore começou a ganhar espaço, servindo como meio para evitar a quebra das cadeias logísticas e garantir preços mais competitivos aos produtos.
Ana Paula Morais Boteon de Lima, professora do curso de graduação em Comércio Exterior e Logística, do Senac EAD, conversou conosco sobre esse tema. Confira!
O que é nearshore?
Lima nos explicou que o termo nearshore é muito utilizado no setor de tecnologia da informação.
É uma forma de terceirização das atividades de TI que consiste em contratar esse serviço em países estrangeiros, mas que tenham algumas características em comum com o país contratante, tais como proximidade, fuso horário ou até mesmo aspectos culturais.
“Apesar desse termo ser mais utilizado nos serviços de TI, também podemos aplicá-lo às cadeias de suprimentos. Isso se dá por meio da abertura de centros de distribuição espalhados por regiões mais próximas”, explica.
Ela prossegue: “Assim, se houver uma ruptura no sistema logístico, como tivemos durante a pandemia, os efeitos podem ser minimizados.”
Como o nearshore é aplicado nas cadeias logísticas?
Nas palavras de Lima: “Para implementação do nearshore a empresa deve fazer um planejamento estratégico contemplando todos as atividades envolvidas na operação definindo assim as estratégias e as responsabilidades de cada um dos envolvidos”.
Além disso, de acordo com a professora, a empresa deve ter em mente que haverá um investimento considerável para a implementação desse processo.
Quais são as principais novidades nas cadeias de produção e distribuição com o nearshore?
Perguntamos à professora quais são as inovações do nearshore nas cadeias de produção. Segundo ela, o próprio termo já é algo novo e que ainda está sendo assimilado pelas organizações.
Na opinião da especialista em logística, o nearshore começou a ganhar relevância nos últimos tempos, quando as empresas tiveram que enfrentar desafios impostos pela pandemia, o desabastecimento de matéria-prima, a falta de espaço em navios para o transporte internacional etc.
“Esse conceito de descentralizar, de reduzir a dependência de um único fornecedor tornou-se mais latente. A empresa que optar pelo nearshore, no entanto, precisa ter know-how e tecnologia para suportar essa operação”, opina Lima.
Compreender sobre o funcionamento do nearshore se tornou algo importante para os profissionais de logística e comércio exterior. Afinal, essa é uma tendência que deve ganhar cada vez mais força e fazer parte das rotinas desse setor.
Esse e outros temas serão discutidos na Conferência Nacional de Logística – CNL, realizada pela ABRALOG, durante a Intermodal South America 2022. Garanta sua participação aqui!
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