Visando otimizar processos e reduzir custos com armazenagem, o conceito de condomínio logístico se tornou uma tendência no setor nos últimos anos e, sem dúvidas, é uma alternativa inteligente e de ótimo custo-benefício para empresas que buscam soluções práticas para suas gestões de estoque.

No entanto, diferente do que muitos gestores imaginam, um condomínio logístico não se define unicamente como um “armazém terceirizado”. Pelo contrário!

Estes espaços agregam inúmeras funcionalidades para diferentes empresas ao mesmo tempo, o que torna suas operações muito mais dinâmicas, diversificadas e integradas do que um centro de armazenagem convencional.

Para entender melhor essas diferenças e compartilhar uma visão mais ampla sobre o que são e como funcionam os condomínios logísticos na prática, quem participa hoje de nosso conteúdo é Guilherme Juliani, CEO da Moove+, empresa integrante do Grupo Flash Courier.

Vamos conferir?

O que é um condomínio logístico e que benefícios ele traz ao setor?

Para iniciar, Guilherme nos compartilha sua visão sobre o conceito do que é um condomínio logístico na prática e faz uma analogia com os espaços de trabalho compartilhados muito comuns nos grandes centros urbanos hoje.

Ele explica:

“Condomínios logísticos são espaços que hospedam, em um único lugar, vários negócios do setor logístico. Podemos até comparar com um coworking, por exemplo, pois são várias empresas ocupando um mesmo ambiente.

Os condomínios logísticos costumam ser localizados próximos a rodovias, seja em capitais ou regiões metropolitanas e polos industriais, e muitas empresas do setor optam por se instalar em condomínios para facilitar o armazenamento, transporte e outros processos logísticos.”

Dando continuidade à sua explicação, Guilherme também destaca algumas vantagens diretas e indiretas que um condomínio logístico pode agregar às operações de uma empresa.

“Entre os benefícios está a infraestrutura, por exemplo, pois esses espaços comportam grandes estoques e garantem mais segurança aos produtos. Podemos citar também a redução de gastos e a melhoria da eficiência devido à essa centralização da estocagem e dos transportes. Além disso, há o acesso a serviços como portaria, limpeza, refeitórios, estacionamento, entre outros que são fornecidos pelo próprio condomínio.”

O que saber antes de optar por um condomínio logístico?

Aqui, Guilherme ressalta alguns pontos essenciais a serem levados em consideração ao contratar um condomínio logístico em suas operações, o que engloba desde fatores sobre a infraestrutura ofertada, até a localização estratégica do espaço.

Para isso, ele mensura da seguinte forma:

“Há alguns pontos a se considerar antes de optar pelo condomínio logístico. Um dos principais é a localização, pois o transporte de cargas no Brasil, como sabemos, é muito dependente das rodovias. Então é preciso analisar se o condomínio está próximo das principais rodovias, se a conexão com portos e aeroportos é prática e a proximidade com centros urbanos.”

Além disso, o especialista reforça a ideia de que é papel do gestor conhecer as necessidades de suas operações e, a partir daí, definir a escolha do condomínio logístico mais adequado para a sua empresa.

“É preciso também compreender quais são as necessidades específicas de cada empresa logística e identificar quais ou se os condomínios logísticos atendem a essas demandas. Isso diz respeito à armazenagem, segurança e comodidade. Quantos funcionários a empresa têm? Qual é o tamanho da frota? E do estoque? Tudo isso deve ser analisado para identificar se é melhor optar por um condomínio ou por um galpão próprio.”

Para finalizar, Guilherme destaca um ponto interessante e que pode ser diferencial na escolha do condomínio logístico para muitas empresas: o compromisso com práticas mais sustentáveis desses espaços.

“Um aspecto a se pensar também é a sustentabilidade, uma bandeira importante para a Moove+. Em um condomínio, é natural que gastos fixos com segurança, por exemplo, sejam reduzidos, e há algumas ideias que, além de terem os custos mais baixos em um condomínio, ainda contribuem com a preservação do meio ambiente, como a reutilização de água das chuvas e um programa de coleta seletiva”, sugere o entrevistado.

Que tipos de condomínio logístico existem e para que servem?

Para mostrar a diversidade de modelos de condomínios logísticos existentes no mercado, Guilherme nos resume um pouco de cada um deles

Para isso, ele separou quatro tipos mais comuns: os condomínios flex, monousuário, misto e cross-docking. Confira!

“O flex é aquele em que os serviços são compartilhados por mais de uma empresa em um galpão padrão. Costumam ter uma estrutura flexível para diversos tipos de demandas.

Já o condomínio logístico monousuário é, como o nome já indica, utilizado por um único cliente que quer centralizar suas operações em um único lugar. Uma das vantagens é que esse modelo de condomínio é feito para atender as demandas específicas de uma empresa, de forma personalizada.

O cross docking é um modelo desenvolvido para facilitar o transporte de cargas, mas sem focar tanto no estoque e armazenamento de mercadorias. Por isso, é mais utilizado por transportadoras.

O modelo misto, muito usado por centros de distribuição de redes do varejo, é pensado tanto para a movimentação das mercadorias quanto para a estocagem.

Cada um dos modelos citados atende necessidades específicas e podem ser mais ou menos adequados para diferentes tipos de empresas. Por isso, é importante analisar bem as demandas do setor logístico da empresa para identificar qual modelo de condomínio logístico é o mais adequado”, finaliza Guilherme.

Em resumo, essas são algumas explicações e dicas úteis sobre o conceito de condomínio logístico e como essa tendência tem ajudado a pulverizar ainda mais as opções de armazenagem terceirizada no mercado de logística no Brasil e no mundo.

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