Gerente de Desenvolvimento de Negócios – Brasil da RightShip, Bernardo Vettorazzi, apresentou na Intermodal 2024 a plataforma desenvolvida pela empresa australiana e as soluções que hoje atendem ao redor do mundo mais de 200 mil navios e mais de 800 clientes.
A empresa oferece soluções baseadas em práticas globais de segurança, sustentabilidade e responsabilidade social para a indústria marítima, através de dados, análises e uma plataforma digital com foco em zero danos, tanto para os navios, para a carga transportada, para os trabalhadores marítimos como também para o meio ambiente (ESG). “Na RightShip acreditamos que os portos e terminais exercem um papel fundamental na mitigação do risco e na descarbonização da indústria marítima”, diz.
Panorama de dados
Segundo dados, na RightShip em 2023 foram registrados 20% de incidentes com maior severidade, sendo a maioria com maquinário das embarcações e, desses, 45% ocorreram em áreas portuárias.
Uma das ferramentas da plataforma, o Safety Score, representa o risco numa escala de 1 a 5. ”A necessidade de inspeções traz prejuízos para os portos e essa análise de risco antecipada é uma avaliação automática e customizada, baseada na programação de chegada de navios”, explica Vettorazzi.
Solução de gestão de risco
O executivo apresentou o case do Porto de Itaqui, no Maranhão, que passou a utilizar a plataforma RightPORT da RightShip, uma solução de gestão de risco que muda a maneira dos portos operarem na pré-chegada dos navios, otimizando a eficiência operacional através de dados. A plataforma foi desenvolvida com base num completo banco de dados de embarcações marítimas, incidentes e empresas do mundo. Essa parceria coloca o Porto do Itaqui como uma das primeiras instalações em toda a região latino-americana a utilizar esta tecnologia.
Maior complexo portuário da América Latina, o Porto do Itaqui está localizado na cidade de São Luís, Maranhão, posição estratégica no Norte – Nordeste e dos mercados norte-americano e europeu. As principais cargas incluem granéis sólidos (como soja e milho), granéis gerais e líquidos. Abrange os estados do Maranhão, Piauí, Tocantins, sudoeste do Pará, norte de Goiás, nordeste de Mato Grosso e oeste da Bahia. Em volume de movimentação, o Porto do Itaqui e os terminais privados Vale e Alumar formam o maior complexo portuário da indústria de movimentação de cargas do Brasil.
No case do Porto de Itaqui, o Port Risk registrou 55% de casos de High Risk. Focado nos graneleiros, as embarcações mais antigas estão nessa categoria e, nesse tipo de ocorrência, a embarcação não pode ser liberada sem resolver essas pendências de alto risco. Entre as ações sugeridas pela plataforma RightShip, o Alerta de Risco indica checar o histórico e verificar as causas de todos os incidentes, fazendo contato com o navio solicitando documentação para entender o ocorrido. ”Mostrar o risco antes de acontecer é prevenir acidentes”, enfatiza Adauto Serpa, Gerente de Operações do Porto de Itaqui, no Maranhão. E já está em estudo em parceria com a RightShip o controle de emissão de gases das embarcações, segundo o executivo.
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