Os portos têm um papel fundamental no desenvolvimento do comércio exterior. Afinal, o transporte mundial de cargas é, na maioria das vezes, realizado por navios.

Dessa forma, ter diversos tipos de portos é essencial para estimular a circulação dessas mercadorias, visto que são alternativas muito mais viáveis (principalmente do ponto de vista econômico) quando comparamos com outros meios de transporte.

Para falar um pouco mais sobre os diversos tipos de portos e sobre as zonas portuárias, entrevistamos o diretor da Agência Porto, economista, consultor portuário e palestrante, Fabrizio Pierdomenico.

Vamos aprender mais sobre o assunto? Continue conosco!

Por que existem diferentes tipos de portos?

Um porto é uma área muito bem estruturada construída e localizada na beira de mares, oceanos, lagos ou rios, destinados a atracação tanto de navios quanto de barcos.

Sendo assim, é importante ter diversos tipos de portos porque cada um tem a sua peculiaridade e atende a necessidades específicas.

Quais são os tipos de portos por suas funções?

“A classificação dos portos brasileiros é determinada pelo Ministério da Infraestrutura, por meio do seu Sistema Portuário”, diz Pierdomenico.

O especialista também explica que, de acordo com esse sistema, com relação à localização geográfica do porto, ele é classificado em:

  • portos marítimos: são aqueles aptos a receber linhas de navegação oceânicas, tanto em navegação de longo curso (internacionais) como em navegação de cabotagem (domésticas), independentemente da sua localização geográfica;
  • portos fluviais: são aqueles que recebem linhas de navegação destinadas a outros portos dentro da mesma região hidrográfica, ou com comunicação por águas interiores;
  • portos lacustres: são aqueles que recebem embarcações de linhas dentro de lagos, em reservatórios restritos, sem comunicação com outras bacias.

O que determina a classificação dos portos?

“O que determina a classificação é exatamente a capacidade de receber linhas em determinada localização (acesso ao mar, rio ou lago)”, diz Fabrício.

O especialista também nos conta que a característica de cada porto vai depender do seu tamanho físico e da área de influência geográfica e econômica.

De acordo com Pierdomenico, “Os portos poderão ter a movimentação de várias cargas, que podemos classificar em três categorias (natureza): granel sólido, granel líquido e carga geral, conteinerizada ou não”.

Entenda mais sobre eles:

  • granel sólido: poderá ser subdividido em origem vegetal ou mineral e, nessas categorias, temos como exemplos: soja, milho, açúcar, farelo de soja, minério de ferro, fertilizantes etc;
  • granel líquido: são exemplos os combustíveis, produtos químicos, sucos cítricos, óleos vegetais etc;
  • carga geral: ela, normalmente, está alocada em contêineres, subdivididos em 20 pés e de 40 pés. 

“Há, também, cargas de projetos, como transformadores, geradores, pás eólicas, veículos movimentados por unidade e que não podem ser conteinerizadas. Outra carga importante classificada como carga geral é a celulose”, finaliza Pierdomenico.

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