O que esperar do setor de transporte de cargas daqui em diante? Qual cenário devemos aguardar após a pandemia do novo coronavírus? Essas são dúvidas recorrentes dos players deste mercado tão fundamental para o Brasil, responsável por movimentar todo e qualquer segmento econômico e industrial do País.   

Por isso, com o intuito de esclarecer estes e outros questionamentos que pairam sobre o setor, a Intermodal South America realizou mais um webinar exclusivo que visou promover o debate a respeito do futuro deste mercado em solo nacional. 

Sob o tema “O Futuro do Transporte de Cargas no Pós-Pandemia”, em bate-papo virtual realizado no dia 9 de junho, especialistas discutiram o quanto a crise da COVID-19 acelerou o processo de modernização no setor e o que mais pode ser feito para garantir ainda mais agilidade e investimentos neste segmento.   

Digitalização já é realidade no setor

Entre eles, estava a CEO da National Freight, Ana Quirino, que ressaltou o quanto a pandemia do novo coronavírus impulsionou algo que já estava sendo ensaiado há muito tempo pelo setor: a digitalização.   

“Hoje o digital já é uma realidade no setor, e estamos trabalhando quase 100% conectados. Desde o dia 19 de março, quando essa crise do coronavírus estava começando, não fazemos nenhum processo de forma física; pelo contrário, é praticamente tudo sistematizado. Um despachante aduaneiro, por exemplo, não precisa mais emitir e levar documentos impressos nos órgãos anuentes do setor, é tudo online”, disse.  

Mas a executiva confessou que, antes de tudo isso, quando deu-se início aos debates de modernização do setor há alguns anos, os próprios players deste mercado, reconhecido como um dos mais tradicionais do País, duvidavam da possibilidade.   

“Quando foi lançado o projeto Porto Sem Papel, por exemplo, nós mesmos duvidamos se isso daria certo, se seria viável trabalharmos sem a emissão de documentos, algo tão intrínseco e cultural do setor, e hoje vemos que é possível sim. E não apenas possível, mas que também é muito mais fácil dessa forma e que, assim, temos, de fato, mais agilidade e menos burocracia nos processos, além de maior redução de custos”, acrescentou.  

Capacidade de adaptação

Quem também marcou presença foi o CEO do Grupo V. Santos Logística Internacional, Valdir Santos, que corroborou. Para ele, a pandemia provou, mais uma vez, toda a capacidade que o setor de transporte de cargas e comércio exterior tem para se adaptar e melhorar.   

“Para nós, despachantes aduaneiros, todas essas mudanças que vimos nos últimos meses foram muito importantes. Hoje, há uma modernidade muito grande neste setor e as empresas que atuam nele estão bastante preparadas para lidar com isso. Assim como as autoridades e órgãos anuentes do segmento, que também se adaptaram muito bem a esta nova realidade e oferecem, cada vez mais, condições de sermos ainda mais assertivos e eficazes em nossos procedimentos”, afirmou.  

O executivo pontuou ainda que este é um caminho sem volta e que a tendência é que o setor torne-se cada vez mais conectado.   

“Esse ‘novo normal’ não tem volta, daqui para frente será uma nova visão de mercado e de negócios. Temos que estar preparados para novos desafios e novos objetivos, como o de explorar mais o segmento do e-commerce, que é sim uma grande oportunidade para nós do comércio exterior, pois é um mercado que está em pleno crescimento no Brasil”.  

Otimismo para o futuro

A mediação do debate ficou a cargo do advogado e sócio da Mendes Santos Advogados, Rony Mendes Santos, que complementou:  

“O mercado estava se preparando para um futuro digital e esse futuro foi antecipado quando a pandemia começou. Tivemos todos que nos adequar e ouvir isso de vocês me deixa ainda mais otimista quanto ao que vamos encontrar lá na frente”.  

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Serviço:  
Webinar: O Futuro do Transporte de Cargas no Pós-Pandemia 
Data de realização: 09/06/2020 
Link de acesso ao webinar completo: https://cutt.ly/3yGzR0O