Com a crescente globalização e interconectividade, as empresas estão constantemente buscando maneiras de aprimorar a experiência do cliente nos negócios internacionais.
Uma abordagem promissora que tem ganhado destaque neste sentido é a Teoria do Radar. Ela, inclusive, vem sendo utilizada como ferramenta estratégica para conectar pessoas e transformar a experiência do consumidor em negócios globais.
Mas para fazer isso, primeiramente é preciso entender como essa teoria funciona, certo? E é isso que vamos conhecer ao longo das próximas linhas.
Para falar sobre o assunto, convidamos Sari Santos, publicitária e consultora de Marketing especializada no setor de Comércio Exterior. Boa leitura!
Teoria do Radar: o que é e como se aplica aos negócios internacionais e à experiência do cliente
A Teoria do Radar é um estudo que ajuda as empresas a entenderem a propagação da informação que elas reproduzem de dentro para fora.
“É como se fosse o radar de um navio, que emite sons para localizar aquilo que está próximo a ele. Na Teoria do Radar, o ‘som’ propagado é a interpretação da marca, produto ou serviço de uma empresa”, compara Sari Santos.
“Quando entendemos que, antes de chegar ao lead, a informação precisa percorrer com sucesso as etapas de staff e clientes, você assegura que está propagando de forma adequada a mensagem certa, e que está atraindo o tipo de cliente ideal que busca”, acrescenta.
Nos negócios internacionais, segundo a entrevistada, essa preocupação é ainda mais necessária, afinal, a interpretação do cliente final certamente será diferente daquela que a empresa tem das coisas, afinal existem muitas diferenças culturais entre os países, o que impacta na comunicação.
“As perguntas que devemos fazer são: a equipe sabe traduzir minha marca para o cliente? E também: meu cliente está transmitindo para futuros leads o que eu realmente gostaria que ele tivesse como experiência?”, questiona.
Oportunidades de conexão para aprimorar a experiência do cliente em negócios internacionais
Toda a Teoria do Radar é baseada em conexão. Cada etapa avançada no sinal emitido, de acordo com a especialista, é uma pessoa física se conectando com outra.
“Esse tipo de relacionamento de negócios precisa ser aprimorado para que cada vez mais o sinal, ou seja, a mensagem possa ser direcionada. Existe uma forma infalível de aproveitar e de treinar esse tipo de conexão que são os eventos de networking”, comenta.
Nesse tipo de evento, conforme Sari Santos, é muito fácil praticar qual é a relação e a conexão ideal tanto com clientes quanto com futuros leads.
“Se uma empresa sabe de um evento de networking na sua área e não aproveita, ela perde muito. Perde evolução da equipe e perde cliente, afinal, se você não está lá, o seu concorrente vai estar”, opina.
“Se você quer aproveitar melhor essas oportunidades, gere experiências que vão além do cartão de visitas. Quando você cria uma memória na pessoa que quer fazer a conexão, você cria um canal muito mais claro para propagar a informação do seu serviço”, orienta.
Os principais desafios enfrentados pelas empresas ao transformar a experiência do consumidor
Para que um produto ou serviço seja vendido, o primeiro passo é ter uma comunicação clara com o público-alvo. E, no contexto internacional, é muito comum ocorrerem chiados que podem comprometer o resultado final.
Logo, é muito importante entender se todas as etapas de propagação estão sendo claras. A entrevistada cita, neste caso, o termo User Experience – muito usado na tecnologia para falar sobre como um usuário se comporta dentro de um site ou aplicativo, por exemplo.
“Dentro desse termo, muitas vezes, pode acontecer do desenvolvedor criar uma ferramenta com um determinado botão, que faz uma determinada função”, explica.
“Para o desenvolvedor aquele botão faz total sentido, porque é óbvio que alguém iria querer usar aquela função. Já para o usuário aquela função é irrelevante, além de não deixar claro o que realmente faz”.
“Moral: nem tudo que a gente pensa como óbvio também é óbvio para o usuário, e isso se intensifica quando existem diferenças culturais”, completa.
Portanto, entender a linguagem do cliente e do lead, e uniformizar com a linguagem da equipe ajuda muito na hora de perpetuar a informação.
Teoria do Radar ajudando empresas a superar desafios
Por meio da Teoria do Radar é possível entender como funciona a propagação da informação. Cada avanço, conforme a publicitária, deve ser mensurado com métricas relativas à qualidade da informação que aquela etapa recebe.
“No momento que passamos pelo staff, como está o nível de satisfação do meu colaborador? Como ele se sente com a liderança? Ele realmente entende e pratica a missão e os valores da empresa?”, exemplifica.
A especialista utiliza este exemplo para demonstrar algumas das falhas que, muitas vezes, prejudicam a produtividade e a clareza da informação que é repassada pela empresa.
“Um colaborador insatisfeito não produz em seu pleno potencial e não comunica a mensagem adequada. Entender se minha equipe está satisfeita vai facilmente preparar o caminho para que o mesmo seja transmitido ao meu cliente”, orienta.
Quando a equipe está satisfeita, a preocupação com o sucesso do consumidor se torna genuína e os esforços para satisfazer as necessidades se ampliam.
“O que um cliente satisfeito e com a interpretação clara da dor que eu soluciono pra ele faz? Ele multiplica. E então, vem os novos leads”.
“Mensurar cada etapa ajuda a prevenir diversos desafios e solucionar dores que, muitas vezes, são imperceptíveis”, finaliza Sari.
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