A logística, tradicionalmente vista como um campo dominado por homens, vem testemunhando uma transformação. É crescente a inclusão e o destaque de mulheres em posições de liderança, o que contribui para a diversidade nas organizações.

Neste contexto, é com grande entusiasmo que apresentamos uma entrevista exclusiva com Marcella Cunha, diretora executiva da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL), como parte das comemorações do mês da mulher. 

A conversa lança luz sobre os desafios e conquistas de uma carreira feminina na logística e celebra a contribuição inestimável de mulheres como Marcella. Acompanhe!

Quem é Marcella Cunha?

“Marcella é uma brasiliense de 39 anos, que há 12 anos trabalha como Relações Governamentais, defendendo interesses de empresas e importantes segmentos do setores de transporte e tecnologia. 

Desde 2021, acumula os cargos de diretora executiva e diretora-presidente da ABOL, entidade que representa os Operadores Logísticos (OLs) no Brasil”.

Como é um dia de diretora executiva da ABOL?

“Meu trabalho é dinâmico e costumo organizá-lo por semana, uma vez que me divido entre os escritórios da ABOL, em Brasília e em São Paulo. 

Em Brasília, foco nas ações institucionais e governamentais em prol do desenvolvimento do segmento. 

São Paulo, por sua vez, é onde eu “bebo da fonte”, e me atualizo sobre as demandas e os novos desafios da logística, por meio de visitas in loco aos associados e reuniões com CEOs.

Em paralelo, tenho uma intensa e constante interação virtual com especialistas e técnicos das empresas que compõem nossas diretorias temáticas e grupos de trabalho.

Isso é fundamental para que eu compreenda os problemas específicos e peculiaridades dos diferentes departamentos das empresas e, dessa forma, possa endereçá-los de forma setorial”.

Trajetória: o que te levou ao setor de relações internacionais e comércio exterior?

“Sempre gostei de tentar compreender como as nações interagem nos diferentes níveis, em especial pelo comércio internacional, global sourcing e transnacionalidade. 

Ainda que tenha atuado pouco nessa área, a teoria me serviu como uma complementação fundamental para tratar pautas complexas, que hoje tenho que endereçar nas atividades de Relações Governamentais e, agora, também à frente da ABOL, que representa empresas que são imprescindíveis para a viabilização do comércio internacional”.

Como você enfrentou e enfrenta os desafios da sua carreira?

“Os desafios me instigam positivamente e tento encará-los da forma mais pragmática e suave possível. Mas não foi sempre assim”.

Quais qualidades te levaram ao sucesso?

“Ainda tenho muito a estudar, absorver e experimentar, então não gosto de pensar que ‘cheguei ao sucesso’.  

Gosto de pensar que me sinto feliz e realizada onde estou. Esse é o sentimento que devo sempre perseguir e priorizar na minha vida e na minha trajetória profissional (que desejo que seja longa e de muitas realizações). Acho que isso é o mais importante”.

Liderança: que dicas você daria para novos integrantes em carreiras de operação logística?

“Gosto deste “clichê”, que ainda serve para muitas jovens mulheres, e de qualquer área: nunca acredite que não possa fazer algo que realmente queira só porque alguém te disse. 

Para as que querem ingressar no setor de operação logística, sugiro acompanhar as redes sociais da ABOL, que mensalmente divulga as diferentes vagas de emprego, estágio e trainee abertas pelos associados”.

Fique por aqui e saiba mais sobre liderança feminina na logística, em nosso conteúdo com a participação de Ana Quirino e Carolina Marchioli!