Prevista para ser colocada em leilão em 2024, a relicitação da Malha Oeste irá conceder novamente à iniciativa privada os 1.973 quilômetros de ferrovias entre as cidades de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, até Mairinque, em São Paulo.
Segundo Rafael Vitale, diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), a linha deverá receber investimentos de até R$ 18 bilhões em 60 anos, conforme noticiado pela agência de notícias do governo do Mato Grosso do Sul.
Importante ligação entre as regiões Sudeste e Centro-Oeste do país, a Malha Oeste é uma essencial via de escoamento da produção agropecuária do Brasil até portos como o de Santos, além de permitir conexões intermodais para outros estados, como o Paraná e Minas Gerais.
O novo projeto da Malha Oeste
Administrada pelo setor privado desde 1996, a Malha Oeste retornou ao controle do governo em 2020, e o poder público prepara agora os detalhes para esta nova relicitação de grande importância para o setor ferroviário.
A Intermodal Digital, em nome da NT Expo, entrou em contato com a Superintendência de Concessão da Infraestrutura (SUCON) da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que nos detalhou mais sobre o projeto.
“Uma vez modernizada, a malha oeste deverá atender demandas relevantes, como: Projeção de demanda consolidada da MFOB, onde prevê-se um tráfego crescente no sentido exportação; Modernização em bitola larga; e Modernização da Via Permanente”, informou o órgão.
Os detalhes do projeto podem ser encontrados no site da ANTT.
Os benefícios da Malha Oeste na logística brasileira
Falando sobre os benefícios que essa nova fase da Malha Oeste poderá trazer ao setor agropecuário e produtivo brasileiros como um todo, a ANTT informou que o Governo espera oferecer "transporte vantajoso para longas distâncias, redução de custos logísticos, redução na quantidade de acidentes, redução do impacto ambiental, geração de empregos e estímulo à economia regional, entre outros."
As autoridades e entidades envolvidas no projeto também informaram que a Malha Oeste contará com modernização de equipamentos, o que poderá ajudar a melhorar o tráfego de cargas pela via, impulsionando a economia do país.
As expectativas de entrega da Malha-Oeste com a relicitação
Também perguntamos à ANTT sobre o que a entidade espera desta relicitação. Segundo a SUCON, são previstos "MiFe de alta grade para expo e mercado interno, indução com logística mais eficiente."
Outros pontos abordados foram uma "logística eficiente para exportação das plantas de Mato Grosso do Sul e São Paulo via Porto de Santos, atendimento à produção de grãos do MS e Bolívia de açúcar de SP, atendimento ferroviário no retorno do grão do MS e ureia da Bolívia, distribuição da produção da Replan e retorno de etanol, além de fluxos interligando Porto de Santos e pólos industriais em SP e MS."
Para seguir se informando, veja também nosso artigo sobre o projeto Nova Ferroeste e a atualização dos ramais ferroviários!