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O projeto Nova Ferroeste e a atualização dos ramais ferroviários

Article-O projeto Nova Ferroeste e a atualização dos ramais ferroviários

O projeto Nova Ferroeste e a atualização de ferrovias.jpg
A Nova Ferroeste será o segundo maior corredor de grãos e contêineres do Brasil. Leia nosso artigo e saiba mais sobre esse projeto inovador!

A construção de pequenos ramais ferroviários, os chamados short lines, é um dos objetivos do projeto Nova Ferroeste. Dessa forma, pretende-se reduzir os custos com transportes de cargas e melhorar os preços dos produtos para o consumidor final.

É interessante lembrar que no estado do Paraná, onde o projeto ferroviário será construído, quase tudo é transportado por meio de caminhões. Agora, essa realidade poderá mudar, tendo em vista que haverá infraestrutura para isso. 

Conversamos com o coordenador do plano estadual ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, que contou mais detalhes sobre a Nova Ferroeste. Veja mais abaixo!

Nova Ferroeste: saiba o que é e onde será

De acordo com Fagundes, a Nova Ferroeste é um projeto que visa a ampliação da Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A ... O novo traçado, com 1304 quilômetros, vai ligar os municípios de Maracaju/MS e Paranaguá/PR, além de construir um ramal entre Foz do Iguaçu e Cascavel.

“Quando a ferrovia estiver concluída, será o segundo maior corredor de grãos e contêineres do país. Os estudos de demanda indicam que cerca de 26 milhões de toneladas de produtos devem circular nesse trecho por ano”, comenta o coordenador do projeto.

Fagundes ainda explica que, considerando o tráfego interno, a Nova Ferroeste deve alcançar 38 milhões de toneladas por ano quando todo o empreendimento estiver concluído.

Revitalização, ampliação e capacidade da Nova Ferroeste

Atualmente, a Ferroeste possui em seus extremos os dois principais pátios: Cascavel, com o maior movimento, e Guarapuava, onde há o encontro com a Malha Sul.

“Com a criação do projeto da Nova Ferroeste o traçado foi ampliado nas duas pontas, além de proporcionar o surgimento de um ramal entre Cascavel e Foz do Iguaçu. O projeto inclui a desestatização da atual Ferroeste e a revitalização do atual trecho ferroviário, além da construção de novos traçados entre Guarapuava e Paranaguá, Cascavel e Maracaju e Cascavel a Chapecó/SC”; explica Fagundes.

O representante do projeto também explica que: “Pelos trilhos do Corredor Oeste de Exportação, estima-se que devem passar cerca de 38 milhões de toneladas no primeiro ano de operação plena. Com investimentos sendo feitos no Porto de Paranaguá, o eixo potencializa a redução dos custos de exportação – cerca de 28% -refletindo na elevação da produtividade e competitividade do setor produtivo”.

A sustentabilidade no projeto da Nova Ferroeste

Segundo Fagundes, a Nova Ferroeste foi planejada levando em consideração os estudos de impacto ambiental e de viabilidade técnica. Com base nesses dados, se desenhou o traçado levando em conta a rota mais viável com base nos aspectos que englobam a sustentabilidade do projeto.

“A preocupação constante em mitigar os efeitos nas áreas de influência norteou os estudos na procura pela implementação do melhor trecho ferroviário”, explica Fagundes.

Ele continua: “Desse modo, algumas ações têm sido tomadas, tais como:redução da emissão de gases de efeito-estufa (um trem com 100 vagões substitui 357 caminhões); empreendimento elegível para a emissão de Títulos Verdes (Green Bonds); descida da Serra do Mar alinhada ao Plano de Desenvolvimento Sustentável do Litoral do Paraná (PDS Litoral 2035).”

O coordenador também nos explicou que a intenção é colocar a ferrovia em leilão na Bolsa de Valores do Brasil (B3), com sede em São Paulo, no segundo semestre de 2022. 

O consórcio que vencer a concorrência será responsável também pelas obras e poderá explorar a ferrovia por 99 anos. O investimento é estimado em R$ 29,4 bilhões. 

O projeto Nova Ferroeste é mais um dos investimentos que estão sendo realizados no modal ferroviário, algo que deverá se tornar cada vez mais comum no Brasil.

Para se aprofundar neste tema, confira também nosso white paper que fala sobre as licenças ambientais para o desenvolvimento de ferrovias.

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