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Expectativas de descarbonização do transporte rodoviário

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Reduzir as emissões no transporte rodoviário é fundamental para mitigar impactos ambientais. confira a entrevista com Hélio Matias, CEO da Ambipar Logistics.

As expectativas de descarbonização do transporte rodoviário estão ganhando destaque em meio à crescente preocupação com o meio ambiente. 

Em diversos setores do mercado, desde a economia até a tecnologia, a aposta em soluções inovadoras, verdes e sustentáveis tem se mostrado uma estratégia competitiva e duradoura. 

Dentro desse contexto, a descarbonização surge como uma alternativa promissora para empresas e governos, visando melhorar a qualidade de vida do planeta como um todo. 

Para explorar as tendências nessa área, o Intermodal Digital teve uma conversa com Hélio Matias, CEO da Ambipar Logistics. Acompanhe a seguir!

A importância da descarbonização do transporte rodoviário

"A importância da descarbonização do transporte rodoviário vai além do que podemos imaginar. Não é apenas importante, é absolutamente necessário", afirma Matias. 

Ele destaca que, quando consideramos a sustentabilidade, as mudanças climáticas e a logística interna do país, percebemos que mais de 60% do transporte de bens e mercadorias é realizado por meio rodoviário.

Matias ressalta a urgência de ações para mitigar os impactos ambientais: "A descarbonização se faz necessária para que empresas, pessoas, poder público e iniciativa privada tomem medidas concretas". 

Segundo o especialista, um litro de óleo diesel, com apenas 900 gramas de massa, quando transformado em fumaça, gera 2,65 kg de CO2. "São números surreais", afirma.

Ao considerar as metas das ODS e a busca global pela sustentabilidade, Matias destaca o CO2 como o principal agressor e o "inimigo número um" no combate ao aquecimento global e às mudanças climáticas. 

Ele ressalta que o setor de transporte, incluindo a Ambipar Logística, está buscando alternativas desde 2021, com o projeto "Corredor Sustentável".

O especialista ainda menciona opções como veículos elétricos, GNL, GNV, biometano e, em um futuro mais distante, caminhões movidos a hidrogênio. 

Principais estratégias para descarbonização

Dentre as principais estratégias para a descarbonização do transporte rodoviário, Matias destaca o projeto "Corredor Sustentável". 

Essa ação consiste em buscar equipamentos e veículos que possibilitem a transição do uso de combustíveis fósseis para combustíveis alternativos.

O CEO da Ambipar Logistics ressalta a importância da parceria com fabricantes de equipamentos para alcançar esse objetivo: "Nós necessitamos dos fabricantes que nos ofereçam equipamentos que tragam esse benefício, saindo do combustível fóssil para o combustível alternativo".

Além disso, Matias enfatiza a necessidade de ter uma visão de sustentabilidade como uma ação efetiva, e não apenas como uma estratégia de marketing. 

O especialist aressalta que tanto os transportadores quanto os embarcadores devem adotar essa visão, compreendendo que a sustentabilidade é uma prática real e concreta. 

Desafios para a implementação os veículos elétricos no Brasil

A implementação dos veículos elétricos no Brasil enfrenta desafios significativos, conforme apontado por Matias. 

O empresário ressalta dois principais motivos, começando pela questão da infraestrutura.

"A falta de uma infraestrutura adequada, como pontos de recarga ao longo das estradas, torna difícil a viabilidade dos veículos elétricos para percorrer longas distâncias”, relata.

Outro desafio mencionado por Matias é o custo elevado dos veículos elétricos em comparação com os veículos movidos a combustíveis convencionais: "Saindo fora do fóssil, o custo ainda é alto". 

Ele comenta ainda que a sustentabilidade e o custo financeiro e econômico são vetores antagônicos, dificultando a adoção em larga escala dos veículos elétricos.

Além disso, o ciclo de vida da bateria também se apresenta como um obstáculo: "A bateria representa o maior custo do carro elétrico. E o ciclo de vida é de dez, doze ou no máximo quinze anos". 

De acordo com Matias, no final desse ciclo, a bateria se torna um ativo depreciado, com perda de valor de mercado. 

Essa questão acrescenta complexidade à implementação dos veículos elétricos, uma vez que os custos de substituição ou descarte das baterias são relevantes. 

Tais desafios ressaltam a necessidade de investimentos em infraestrutura de recarga e soluções econômicas para impulsionar a transição para a mobilidade elétrica no Brasil.

Fique por dentro do case Corredor Sustentável, apresentado pelo Hélio Matias no Intermodal 2023.

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