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Infraestrutura para a descarbonização do transporte de cargas

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William Figueiredo, da Dics Consultoria, conversou conosco sobre este tema de grande importância. Saiba mais neste artigo!

Não é novidade que o setor de transporte rodoviário de cargas representa uma das principais atividades econômicas do Brasil.

Desta forma, conforme avançam as demandas para a adoção de uma logística mais sustentável, as empresas do setor passam a se interessar mais por soluções para a descarbonização dos processos de transporte de cargas.

Conversamos com um especialista que compartilhou conosco a sua visão sobre o tema. Veja, abaixo!

Perfil: conheça William Figueiredo

William Figueiredo é economista, formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF). 

Ele também cursou MBA em Comércio Exterior na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestrado em Administração Pública na Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Por mais de 13 anos, Figueiredo foi gerente de infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Também atuou no setor público, ocupando o cargo de subsecretário de Indústria, Comércio e Serviços do Estado do Rio de Janeiro.

Atualmente, está à frente da Dics Consultoria, onde atua como consultor industrial, econômico e de relações institucionais e governamentais.

Especialista fala sobre a descarbonização do transporte de cargas

Em conversa com a nossa equipe, William Figueiredo falou sobre a descarbonização do transporte de cargas. Veja a entrevista completa abaixo!

Como explicar a necessidade de descarbonização no transporte de cargas?

William Figueiredo: “A demanda tem vindo sobretudo da indústria, comprometida com suas metas de descarbonização, atreladas à políticas ESG. 

Mas, tendo em vista a idade avançada da frota de veículos pesados brasileira, acredito que a transição para o veículo pesado elétrico não será tão rápida, diante do alto custo e dificuldade de acesso a crédito.”

Na sua opinião, quais são os principais desafios para alcançarmos a descarbonização?

WF: “O preço do diesel no Brasil é subsidiado e controlado pela Petrobras e pelo Governo Federal, que têm instrumentos tributários para aumentar ou reduzir seu preço a qualquer momento. 

Enquanto o preço do gás não for consistentemente competitivo frente ao diesel, dificilmente haverá demanda segura por caminhão movido à GNV. 

Outros dois desafios são a logística de abastecimento dos postos no interior com GNV/GNL, uma dificuldade até hoje para Europa e Estados Unidos, que largaram a nossa frente nessa transição, e o tempo para abastecimento do veículo pesado, muito longo.”

Quais são as oportunidades de melhorias de infraestrutura para a descarbonização?

WF: “A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) possui uma série de investimentos em gasodutos já mapeados e estudados que precisam sair do papel para interiorizar a oferta de gás natural no Brasil. 

Da mesma forma, é imprescindível que o país consiga transportar maior quantitativo de gás natural do pré-sal para a costa, através da construção de novas rotas de escoamento, como a Rota 3. 

Esses são dois investimentos em infraestrutura primordiais para dar acesso e garantir preço competitivo do GNV frente ao Diesel.”

Conforme dito por Figueiredo, a infraestrutura para a descarbonização de transportes está diretamente relacionada aos programas de ESG. 

Que tal saber mais sobre os desafios dessa prática na logística? Aproveite e confira nosso conteúdo sobre o tema!

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