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3 usos do blockchain na logística

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Contratos inteligentes para frete, rastreamentos de mercadoria e pagamentos com criptomoedas são exemplos de uso do blockchain na logística. Confira!

O blockchain está revolucionando as atividades em diversos setores, por meio dos registros de transações online. No campo logístico, por exemplo, são diversas as aplicações da tecnologia.

Michel Fernandes, mestre em Inteligência Artificial Aplicada à Automação, professor e coordenador do MBA em Descentralized & Distributed Development - Blockchain, Distributed Ledger Technologies (DLT) & Interoperability Engineering (APIOPS) do Centro Universitário FIAP conversou conosco sobre o tema. 

Acompanhe mais a seguir!

Blockchain: o que é essa tecnologia?

Fernandes define o blockchain como uma tecnologia que permite que dados sejam armazenados de uma forma que garante tanto a integridade quanto a transparência, tornando o acesso à informação de forma descentralizada e segura.

“As informações são armazenadas em cadeias de blocos, dando origem ao termo blockchain. Cada bloco armazena uma determinada quantidade de informações - desde transações de criptomoedas até contratos inteligentes”, diz ele.

O professor prossegue: “Esses blocos são encadeados uns com os outros, ou seja: o próximo bloco tem a informação do bloco anterior e assim sucessivamente. Desse modo, eventuais tentativas de fraudes não seriam possíveis justamente pela dificuldade de se ter que adulterar inúmeros blocos.”

3 usos do blockchain na logística

Na opinião de Fernandes, o setor logístico pode usufruir de muitas vantagens ao empregar uma tecnologia descentralizada e imutável e que habilita interoperabilidade entre participantes, como o blockchain.

Assim sendo, o especialista listou os três principais usos da tecnologia de cadeia de dados na logística. Confira, abaixo!

1. Contratos inteligentes para frete

“Os contratos inteligentes são como algoritmos e podem utilizar as informações da própria rede para a tomada de decisões”, analisa Fernandes.

Ele prossegue: “Supondo que um contrato exija um determinado produto transportado em condições específicas de temperatura, ele pode não ser executado quando os limites forem ultrapassados, o que invalidaria o contrato como um todo e o não pagamento dele.”

“Todo o histórico do lote transportado fica registrado na rede e pode ser disponibilizado para seus usuários consultarem o estado das mercadorias, evitando que elas sejam utilizadas no mercado informal. Nesse caso, o consumidor poderia consultar a origem do mesmo e verificar se o lote foi comprometido”, completa.

2. Rastreamento de mercadorias

Sobre o rastreamento de mercadorias, Fernandes afirma que: 

“Podemos armazenar qualquer informação na rede de blockchain. O rastreamento de mercadorias é uma dessas aplicações e ainda habilita clientes finais a consultar a origem de seus produtos e atestar que não houve manipulação das informações dada a imutabilidade da rede.”

Ainda de acordo com o especialista, um bom exemplo da aplicação do blockchain pode ser visto no transporte de medicamentos, pois dependendo das substâncias que fazem parte da composição do produto, pode ser necessário um transporte especial devido às condições rígidas de temperatura.

“As medições do sensoriamento de temperatura e geolocalização durante o transporte podem ser armazenadas em uma rede pública, acessível a qualquer empresa (e consumidores) que necessita validar a cadeia de transporte de seus produtos”, diz ele.

“Com isso, é possível garantir que os bens transportados fiquem dentre os parâmetros exigidos de temperatura e evitando que sejam entregues fora das condições de uso”, continua.

3. Faturamento e pagamentos 

Segundo Fernandes, o uso de criptomoedas para realizar negócios ainda não é amplamente utilizado devido às oscilações de valores que acabam ocorrendo com muita frequência, especialmente criptomoedas sem lastro em ativos estáveis como o dólar e o ouro.

Para o professor, por ainda não existir uma regulação do Banco Central em relação ao tema, o seu uso como moeda corrente para pagamentos e recebimentos é tratado com mais cautela. Apesar disso, alternativas já existem no mercado. 

“Uma tendência que se observa é a criação de tokens ou criptomoedas para uso somente em programas exclusivos, como de pontos ou que atendam a um propósito mais específico”, analisa.

“É o caso do recente lançamento do Mercado Coin, uma criptomoeda para os clientes do Mercado Livre, que funciona como um clube de pontos em que os clientes recebem por cashback e posteriormente podem utilizar o valor recebido com desconto em novas compras. Como o Mercado Livre detém o seu próprio marketplace, o uso da criptomoeda em seus negócios é mais fácil”, conclui.

A popularização da tecnologia blockchain na logística é uma tendência irreversível. Por isso, estudar e compreender sobre o tema é tão importante para os especialistas da área.

Quer saber mais? Então, veja também o nosso material sobre o blockchain aplicado à cadeia de suprimentos!

 

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TAG: blockchain
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