A tecnologia 5G vem se destacando como um marco transformador nos diferentes setores da economia, e o transporte ferroviário não é exceção.

A promessa de maior velocidade, menor latência e capacidade para conectar um número massivo de dispositivos está remodelando a forma como as ferrovias operam, oferecendo soluções inovadoras para desafios antigos.

Um dos protagonistas dessa revolução é a 5G Active Antenna da McLaren Applied, que se apresenta como uma ferramenta crucial para integrar essa tecnologia às operações ferroviárias.

Neste artigo, exploraremos como o 5G pode otimizar a eficiência, segurança e experiência do passageiro no transporte ferroviário, além de analisar o papel da MacLaren na implementação dessas inovações.

Para isso, contamos com a participação de Otto Silveira, engenheiro de pré-vendas sênior da McLaren Applied. Continue lendo abaixo para saber mais!

Eficiência e conectividade: impacto da implementação do 5G no transporte ferroviário

A implementação do 5G no transporte ferroviário está se revelando um divisor de águas, prometendo revolucionar tanto a operação das ferrovias quanto a experiência dos passageiros.

Com altas velocidades de transmissão de dados e baixa latência, essa tecnologia proporciona uma conectividade sem precedentes, permitindo que sistemas de controle e monitoramento funcionem em tempo real.

Essa nova era de conectividade não apenas otimiza a operação dos trens, mas também melhora a segurança e a confiabilidade do serviço.

Sensores inteligentes, integrados a uma infraestrutura 5G, são capazes de monitorar as condições de trilhos e veículos, antecipando problemas antes que se tornem críticos.

Além disso, o 5G facilita a comunicação entre trens e centros de controle, possibilitando ajustes dinâmicos na operação para maximizar a eficiência.

Já para os passageiros, a conectividade proporcionada pelo 5G transforma a experiência de viajar. Acesso à internet de alta velocidade a bordo permite trabalho remoto e comunicação contínua, elevando o conforto e a satisfação.

Com a implementação da 5G Active Antenna da McLaren Applied, uma realidade já na Europa e USA

Active Antenna: o que faz dela algo tão revolucionário

Otto Silveira explica que tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, a maioria das operadoras de trem oferecem serviço grátis e livre de Wi-Fi para os usuários.

Esse produto, segundo ele, é baseado em conectividade via rede de celular na maior parte dos casos. 

“Ele agrega diversos tipos de rede, por exemplo, redes 4G, redes 5G, às vezes redes satélites, entre outras, e oferece essa conectividade para o usuário”, afirma o especialista.

A idéia da Active Antenna surgiu para melhorar a qualidade e velocidade das conexões de dados nos trens, que é tradicionalmente limitada pelo gateway centralizado e pelas perdas nos cabos de radio-frequência. A McLaren Applied chegou com uma proposta diferente, que é colocar toda a parte de rádio no topo da antena, por isso que a gente chama de Active.

“A gente chegou com uma proposta diferente, que é colocar toda a parte de rádio no topo da antena, por isso que a gente chama de Active”, acrescenta.

Silveira destaca as duas grandes vantagens da Active Antenna: não ter perda de sinal e agregar bandas de diferentes provedores.

“O objetivo é fornecer uma experiência de dados para o usuário muito melhor do que ele está acostumado com as operadoras usuais”, ressalta.  

Eliminação de cabos de radiofrequência e roteadores: economia de até 33% no Capex

Ao substituir a infraestrutura de cabos pesados e equipamentos de rede tradicionais por soluções sem fio baseadas em 5G, as operadoras podem reduzir significativamente os custos associados.

Segundo o material divulgado pela MacLaren Applied, esta economia de capital gasto, com o uso da Active Antenna, pode chegar a 33%.

“Basicamente é a redução no número de cabos, menos material e menos combustível gasto”, cita Silveira. 

Sistema escalável e flexível: distribuição de antenas pelos vagões

De acordo com o especialista convidado, a antena da MacLaren funciona com qualquer tipo de rede. Apesar de ter sido desenvolvida pensando em 5G, ela também funciona em 4G e tecnologias mais antigas.

Além disso, a diferença está no sistema, que agora passa a ser distribuído, sendo extinta a ideia de vagão mestre. 

“O sistema é decentralizado, então podemos colocar antenas ativas em um ou vários vagões, dependendo do número de operadoras móveis e da qualidade de serviço desejada pela operadora de trem”, explica Silveira. 

“Na verdade a antena você pode colocar em todos se quiser ou se você tem três operadoras que quer se conectar, você coloca cada uma em um vagão”, exemplifica.

Até 400% de aumento na largura da banda: como isso melhora a experiência do passageiro e as operações ferroviárias

Para os passageiros, esse aumento na largura da banda significa acesso a internet de alta velocidade em tempo real, permitindo o uso de aplicativos e até mesmo videoconferências durante a viagem.

Com a conectividade robusta, os usuários podem trabalhar, se entreter e se comunicar sem interrupções, elevando o conforto e a satisfação geral da viagem. 

Essa melhoria na experiência do cliente não apenas atrai mais usuários, mas também reforça a competitividade do transporte ferroviário em relação a outras modalidades.

Já nas operações ferroviárias, a maior largura de banda possibilita uma troca de dados mais rápida e eficiente entre trens, sensores e centros de controle. 

Desta forma, é possível monitorar em tempo real as condições da via e dos trens, melhorando a segurança e a previsibilidade dos horários.

Além disso, a análise de dados em grande escala facilita a manutenção preditiva, reduzindo falhas inesperadas e aumentando a confiabilidade do serviço.

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