No Brasil, a construção da primeira ferrovia ocorreu em 1854, com a inauguração da Estrada de Ferro Mauá por Dom Pedro II. O trecho que 14,5km saia da cidade do Rio de Janeiro e chegava até Petrópolis.
Mesmo sendo um tipo de modal com diversas vantagens, hoje, as ferrovias representam apenas 15% de todo o transporte de carga do país, de acordo com a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários.
Transporte ferroviário no mundo
Quando analisamos outros países de grandes dimensões, como os Estados Unidos e Austrália, a malha ferroviária representa 43% de todo o transporte de carga. No Canadá, a representatividade dessa malha é de 46%.
Transporte ferroviário no Brasil
No entanto, por uma questão de investimentos históricos, datados da mudança de governantes em 1930 a valorização das ferrovias diminuiu e o investimento em rodovias aumentou.
Tal comportamento é visto até hoje, considerando que o transporte rodoviário representa 65% do total no Brasil.
Muitas ferrovias importantes foram criadas nos anos 1930, como a Estrada de Ferro Vitória a Minas e Ligação da Cidade de Ourinhos (SP) até Londrina (PR).
No entanto, após os anos 90, 13 novas ferrovias foram privatizadas, entre elas: Transnordestina, Estrada de Ferro Carajás e Estrada de Ferro Paraná Oeste.
Benefícios do transporte ferroviário
Os benefícios dos investimentos nas malhas ferroviárias são imensos, mas o primeiro, e talvez mais significativo, seja a redução da dependência sobre o modal rodoviário.
Atualmente, aspectos como a má qualidade das estradas e obras rodoviárias impactam consideravelmente o transporte de cargas, o que seria minimizado com as ferrovias.
A expansão férrea ainda traz vantagens como:
- Redução de custos
- Diminuição da emissão de poluentes
- Redução de acidentes nas estradas
Futuro do transporte ferroviário no Brasil
As ferrovias são responsáveis por transportar cerca de 95% de todo o minério do país. Com planejamento seria possível transportar diversos outros tipos de insumos.
Para que a expansão dessa malha se torne realidade, o primeiro passo seria a volta de investimentos realizados pelo Governo Federal e a consideração de transportes intermodais.
Recentemente, um passo foi dado nesse sentido. O Ministério da Infraestrutura aprovou o Novo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Santos (PDZ), que prevê o aumento da participação do modal ferroviário.
O plano traz soluções para a interferências de acessos rodoferroviários. Em que devem ser investido R$ 2 bilhões para essa finalidade.
A expectativa é que ocorra um aumento do share ferroviário de 72% para 80% no médio prazo.
Saiba mais sobre o PDZ no artigo: O que mudará com o novo PDZ do Porto de Santos?