O Porto de Santos, localizado no litoral de São Paulo, é o maior e mais movimentado porto do Brasil e da América Latina.
Com uma infraestrutura robusta e uma localização estratégica, desempenha um papel crucial no comércio exterior brasileiro, sendo responsável por uma grande parte das exportações e importações do país.
O porto, criado no século XVI, é um ponto central para diferentes setores, e se destaca pela capacidade de movimentação de cargas, eficiência logística e conexão com grandes rotas marítimas internacionais.
O segundo episódio da segunda temporada do podcast Comex Sem Fronteiras abordou a modernização, os desafios e as oportunidades do Porto de Santos como pauta.
Para falar sobre o assunto, a apresentadora Cristiane Fais convidou Soraya Almeida, uma veterana com 33 anos de experiência na área de armazéns do porto. Continue a leitura para conferir alguns dos principais insights dessa conversa!
De 13 a 14 mil contêineres em um único navio
Soraya Almeida conta que há cerca de 10 anos um navio trazia, em média, entre 8 mil e 8.300 contêineres por viagem. Atualmente, essa quantidade quase duplicou.
“Hoje esse número subiu para 13 mil contêineres, quase 14 mil”, divulga.
E, além do aumento da quantidade de contêineres, o Porto de Santos cresceu em outras questões com o passar do tempo.
“O porto foi evoluindo, hoje a gente tem o scanner, tudo isso foi trazendo agilidade e confiabilidade na operação para o próprio importador, uma integridade maior para a carga dele”, observa a especialista.
Entretanto, a fiscalização, segundo Soraya, segue precária. “A gente ainda peca muito na parte da fiscalização, porque temos muitas operações-padrão (greves)”, lamenta.
O tempo para desembaraçar um contêiner, ou seja, liberar a carga, atualmente, é de 7 a 8 dias – em alguns casos, de anuência, esse tempo pode chegar a 12 dias. Antigamente, devido à burocracia, o tempo era de até 21 dias.
“Mas ainda está longe do ideal”, analisa Soraya, lembrando que o desembaraço em águas, já realizado por grandes empresas, ainda é muito aguardado e deve trazer maior agilidade aos portos.
Grandes exigências se traduzem no aumento dos custos
Soraya conta que os portos, incluindo os secos, sofrem grandes exigências por parte da Receita Federal. Novas câmeras e equipamentos e a renovação anual de licenças de grande valor são alguns deles.
Logo, para um porto se manter em atividade, ele precisa ter uma movimentação diária muito alta.
“Todos esses custos envolvidos, incluindo colaboradores e cursos, agrega muita despesa ao terminal. Com as tabelas bem baixas, é preocupante”, lamenta.
Para finalizar, a entrevistada falou sobre a importância da qualidade do serviço prestado. E, para quem utiliza o porto, Soraya citou a necessidade de não levar em consideração apenas o valor cobrado pelo serviço.
“Você não pode só olhar o preço, o barato sempre acaba saindo caro. Para você ter qualidade no serviço, precisa ter investimento, integridade da carga, soluções, cumprir com uma série de regras e isso custa, não tem segredo”, conclui.
Obrigado por nos acompanhar até aqui. Para saber mais, leia agora sobre a escala feita pela Intermodal no Porto de Santos para prestigiar o aniversário de 132 anos do complexo portuário!
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